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Moço em estado de sítio: esquivas e confrontos

Processo: 23/14500-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de abril de 2024
Vigência (Término): 31 de março de 2026
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Artes - Teatro
Pesquisador responsável:Elizabete Sanches Rocha
Beneficiário:Gabriella Pereira Rodrigues
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
Assunto(s):Ditadura   História do teatro   Teatro brasileiro   Dramaturgia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ditadura | história do teatro | moço em estado de sítio | Oduvaldo Vianna Filho | teatralidade épica | Teatro brasileiro | Dramaturgia

Resumo

MOÇO EM ESTADO DE SÍTIO: ESQUIVAS E CONFRONTOS almeja, através da análise crítica e especializada da dramaturgia Moço em estado de sítio (1965), de Oduvaldo Vianna Filho, demonstrar o experimentalismo do autor para tratar de reflexões críticas sobre os impasses no trabalho com o teatro, no início da ditadura empresarial-militar brasileira, inaugurando, assim, um novo tipo de epicização da dramaturgia vianiana.Os arranjos dramatúrgicos de Moço em Estado de Sítio descortinam a organização da ação dramática evidenciando a teatralidade do texto através do uso de fragmentações temporais, elipses, recortes e colagens, operando pelos saltos entre as situações e construindo imagens que sintetizam diversos conflitos particulares e sociais. Se no Drama, enquanto gênero teatral, a tendência ideológica é a positivação da individualização, na peça em questão a tentativa de realização das vontades do protagonista, Lúcio, causa danos à personagem, que não se conscientiza política e individualmente ao longo da peça. Pelo contrário, as pressões que sofre e as que exerce acentuam contradições e deixam-no mais confuso e errante, no âmbito público e particular. Lúcio pouco apreende sobre essas contradições, mas o leitor pode aprender sobre elas.Para fazer a análise inserindo a dramaturgia em seu contexto de produção, serão consultados o conjunto de artigos acadêmicos sobre a obra e demais trabalhos literários de Vianna, incluindo os realizados para o cinema, entre 1964 e 1966, a fim de demonstrar a hipótese sobre o experimentalismo da peça junto à historicidade do material e, através disso, apurar quais efeitos antidemocráticos da ditadura empresarial-militar são flagrados, e, por último, o que esta obra revela sobre a História do Teatro Brasileiro no período pré-anos de chumbo.

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