Filogenia, Biogeografia e Dinâmica Evolutiva: Uma Análise dos Padrões de Diversificação na Descoberta de um Novo Crocodiliforme Eunotosuchiano da Formação Adamantina (Grupo Bauru, Cretáceo Superior) de General Salgado-SP.

Resumo

Expedições recentes em uma nova localidade da Formação Adamantina (Grupo Bauru, Cretáceo Superior) em General Salgado, São Paulo, revelaram um novo exemplar de uma nova espécie de eunotosuchia (Crocodyliformes, Notosuchia). O novo espécime consiste em um esqueleto parcial incluindo elementos cranianos e pós-cranianos, e é o foco principal do projeto a seguir. Avaliações anatômicas preliminares do novo espécime demonstram uma combinação única de caracteres que sugere sua posição filogenética como Xenodontosuchia basal não-Baurusuchidae e não-Sphagesauridae. Como tal, o espécime tem grande potencial para contribuir para a compreensão da evolução inicial da rica fauna de Notosuchia reconhecida na Formação Adamantina. O registro crocodiliforme da Formação Adamantina naquela região geográfica, está neste ponto limitado a quatro espécies de Baurusuchidae e três de Sphagessauridae. Nos últimos anos, o grupo de trabalho do LAPEISA (Laboratório de Paleontologia e Evolução de Ilha Solteira, UNESP) tem se concentrado no desenvolvimento e aprimoramento de um banco de dados morfológico para estabelecer uma estrutura filogenética confiável para os crocodiliformes mesozóicos. Uma estrutura filogenética confiável é particularmente importante para análises biogeográficas objetivas. Neste contexto, esta nova espécie de Xenodontosuchia basal recuperada na Formação Adamantina naquela região, aliada a um amplo contexto filogenético, contribuirá para a compreensão da radiação histórica dos eunotosuchianos nos ecossistemas continentais de Gondwana, com potenciais implicações temporais e estratigráficas significativas.