Bolsa 23/13439-2 - Efeitos do clima, Sardinella brasiliensis - BV FAPESP
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Sinais climáticos em otólitos de sardinha das últimas 7 décadas: podemos perceber alterações do clima e mudanças na distribuição geográfica da espécie?

Processo: 23/13439-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2024
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
Área de conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Oceanografia - Oceanografia Biológica
Pesquisador responsável:June Ferraz Dias
Beneficiário:Carolina Correia Siliprandi
Instituição Sede: Instituto Oceanográfico (IO). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Efeitos do clima   Sardinella brasiliensis   Otólitos dos peixes   Biogeografia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Adaptative responses | Biomass oscillation | Climate signals | Morphological variability | Otolith fingerprints | Sardinella brasiliensis | Efeitos climáticos na Oceanoografia Biológica

Resumo

O planeta está aquecendo mais rapidamente do que em qualquer outro momento registrado da história. Os peixes são particularmente afetados por serem componentes-chave nos processos biogeoquímicos aquáticos, na estruturação dos ecossistemas e no funcionamento através de ligações da cadeia alimentar. Além disso, as respostas dos peixes impactam os ecossistemas aquáticos em todos os níveis de organização ecológica, ou seja, dos indivíduos aos ecossistemas, e consequentemente, resultam num futuro incerto tanto para a diversidade dos peixes selvagens como para a pesca global. Diretamente, o aquecimento poderá levar ao aumento das taxas de crescimento com alterações concomitantes no tamanho em função da idade, e até pequenas alterações graduais no tamanho do corpo dos peixes, que podem ter grandes efeitos na mortalidade natural, na biomassa e nas capturas. A sardinha brasileira sofreu um fracasso no processo de seu manejo sustentável que somado ao intenso esforço pesqueiro levou a pescaria a uma crise de esgotamento de estoque, com importantes reflexos sociais e econômicos, culminando em uma situação sem precedentes na história de sua exploração. As oscilações interanuais da biomassa da Sardinha nunca foram claramente descodificadas, embora mencionassem pressupostos de interferência ambiental. E recentemente, um alargamento da sua distribuição foi notado pelos cientistas. Não é por coincidência, mas pela constante preocupação com as oscilações do estoque de sardinha brasileira, que a série histórica de otólitos de sardinha pertencente ao COSS Brasil tem início na década de 1970, quando o oceano passou a absorver 93% do excesso de calor proveniente das emissões de gases de efeito estufa, o principal modificador dos ecossistemas. Portanto, aproveitando a disponibilidade desses dados, este estudo realizará uma análise multidecadal sobre a morfologia (análise de pontos homólogos) e a composição isotópica (´13C e ´18O) dos otólitos da sardinha brasileira, para identificar a resposta da espécie ao aquecimento ambiental, principalmente relacionado a sua complexa variação de biomassa e suas mudanças na distribuição geográfica. Determinar a idade atual e atualizar os parâmetros reprodutivos podem revelar padrões adaptativos da sardinha ao meio ambiente. (AU)

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