Identificação de módulos de co-expressão proteica associados a células-tronco hematopoiéticas de potencial de enxertia de longa duração (LT-HSC) em populações frescas

Resumo

Em vista da importância funcional das células-tronco hematopoiéticas de potencial de enxertia de longa duração (LT-HSC) para reconstituição medular, seja em contextos de transplantes alogênicos ou autólogos (como em aplicações recentes de terapia gênica), e de sua baixa frequência dentre as células hematopoiéticas, ainda há muitos esforços para otimizar condições de manipulação e expansão ex vivo desta população celular. A validade de marcadores de superfície de enriquecimento para LT-HSC cultivadas em diferentes condições ainda é incerta, e por isso, a demonstração da presença destas células ainda precisa ser realizada por meio de xenotransplante em camundongos a cada nova tentativa de otimização de protocolo, uma estratégia laboriosa e demorada. Assim, o delineamento de ferramentas para a avaliação prospectiva de abundância de LT-HSC cultivadas por estratégias que possam se mostrar mais robustas, comparativamente ao uso de marcadores superfície celular, e de mais simples execução, se faz extremamente importante pois pode facilitar os testes de otimização de condições de cultivo de HSC visando a manutenção de sua potencialidade. Neste sentido, é de crucial importância que se compreenda em profundidade quais são os grupos de genes que agem de forma conjunta para determinar esse fenótipo celular. A análise dessa questão no nível de proteômica e com uma abordagem sistêmica de análise trata-se de uma contribuição inédita para a literatura que pode trazer uma compreensão mais aprofundada sobre quais genes poderiam representar os marcadores ideais desta população celular.