Perfil epigenético e metabolômico da exposição anestésica em profissionais atuantes em centro cirúrgico veterinário

Resumo

Para melhor compreender e tentar elucidar os possíveis mecanismos de indução de instabilidade genética em profissionais ocupacionalmente expostos a alta poluição de resíduo de gás anestésico - RGA (resultados de Auxílio FAPESP 2018/20900-0) e considerando-se a escassez de estudos na literatura em profissionais atuantes em salas cirúrgicas veterinárias (SCV), o presente estudo, de forma inédita, tem como objetivo avaliar possíveis alterações transcricionais, epigenéticas, metabolômicas e oxidativo-inflamatórias. Assim, profissionais expostos aos RGA isoflurano e sevoflurano atuantes em SCV de hospital universitário (grupo exposto) e indivíduos sem exposição aos RGA (grupo controle) serão avaliados quanto à expressão de genes-chave relacionados a danos e reparo de DNA/estresse oxidativo e inflamação; metilação global e expressão de microRNAs (avaliações epigenéticas); avaliação metabolômica; danos oxidativos em DNA, lipídios e proteínas, enzimas antioxidantes, capacidade antioxidante e colesterol e suas frações (avaliação de estresse oxidativo) e citocinas inflamatórias e proteína C reativa de alta sensibilidade (avaliação inflamatória). As abordagens epigenéticas e metabolômicas são originais em exposição ocupacional anestésica e certamente trarão importantes contribuições ao estudo. O monitoramento de RGA será feito tanto com uso de dosímetros individuais (abordagem inédita) como em urina dos profissionais. Considerando a importância e a relevância do tema, com os resultados obtidos neste estudo obter-se-ão informações que contribuirão para maior entendimento dos possíveis efeitos tóxicos/mecanismos da exposição ocupacional veterinária aos RGA. Adicionalmente, no projeto constam colaborações nacionais e internacionais, contribuindo para consolidação da internacionalização de nossa pesquisa, bem como formação de recursos humanos.