Avaliação dos efeitos da desnutrição proteica e da renutrição sob aspectos de controle da hematopoese: participação das semaforinas classe 3 e 4

Resumo

A desnutrição proteica (DP) possui uma considerável presença no mundo, havendo acontecimentos recentes favoreceram o seu crescimento no mundo. A DP traz consigo várias alterações no funcionamento fisiológico do organismo, atingindo primeiramente tecidos de elevada taxa de renovação, como o tecido hematopoético presente na medula óssea, onde ocorre a formação do sangue pelo processo denominado hematopoese. Na medula óssea, a célula tronco hematopoética (CTH) interage com outras populações celulares da medula óssea e com fatores solúveis/transcricionais para garantir a integridade da hematopoese. Neste contexto, as semaforinas (SEMAs), proteínas primeiramente caracterizadas como de ação no sistema nervoso, tem sido reconhecidas como reguladoras da hematopoese. Entre os subtipos de SEMAs existentes, a literatura destaca as SEMAs de classe 3 e 4 como reguladoras de populações hematopoéticas, influenciando o metabolismo da CTH e no microambiente da medula óssea. Como a CTH depende da integridade do ambiente ao seu redor, o processo hematopoético é consideravelmente prejudicado na DP, com achados comuns incluindo anemia, leucopenia, alterações morfológicas da medula óssea, alterações moleculares entre as CTHs, dentre outros. Apesar disto, pouco se sabe sobre a reversibilidade destes danos frente a um processo de recuperação nutricional, assim como também são escassos dados referentes às alterações da regulação hematopoética por SEMAs consequentes da desnutrição e na renutrição, incluindo as vias metabólicas envolvidas nesse processo. Portanto, este projeto propõe investigar a reversibilidade dos danos causados pela DP na medula óssea e na hematopoese utilizando modelos de renutrição, verificando também como a DP e a renutrição afetam a regulação da medula óssea pelas SEMAs classe 3 e 4. (AU)