Bolsa 22/10258-4 - Roma Antiga - BV FAPESP
Busca avançada
Ano de início
Entree

A Piazza Augusto Imperatore nos cinejornais do Instituto LUCE: a faceta imperial dos usos do passado romano na Itália fascista na década de 1930

Processo: 22/10258-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2023
Situação:Interrompido
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História Antiga e Medieval
Pesquisador responsável:Glaydson José da Silva
Beneficiário:Augusto Antônio de Assis
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):24/07038-8 - Relações entre Antiguidade e Modernidade na Itália fascista: análise do processo de sistematização da Piazza Augusto Imperatore, BE.EP.MS
Assunto(s):Roma Antiga
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antiguidade e Modernidade | Instituto LUCE | Itália fascista | Piazza Augusto Imperatore | Roma Antiga | Usos do passado romano | Usos do passado

Resumo

Na Itália fascista, a Antiguidade romana foi constantemente mobilizada a fim de embasar e legitimar pautas políticas. A instrumentalização do passado, nesse contexto, visava não somente estabelecer paralelismos históricos, mas um continuum que ligasse a Itália de Mussolini à Roma Antiga. A crescente escalada autoritária do regime, na década de 1930, refletiu diretamente no passado almejado. O Império romano, com enfoque para seu fundador, Augusto, passa a ser cada vez mais caro ao fascismo, fator explicitado pelas renovadas pretensões colonialistas que resultaram na ocupação da Etiópia e subsequente proclamação do Império, em 1936. As associações entre os líderes, antigo e fascista, adquirem proeminência com as comemorações do Bimilenário do nascimento de Augusto, entre 1937-1938. Ademais, um dos principais locus celebrativos desta relação deu-se na Piazza Augusto Imperatore, erigida pelo regime ao redor do Mausoléu de Augusto, em Roma, a partir de 1931. As inúmeras construções medievais no entorno foram consideradas como símbolo de uma decadência moral preterível, passíveis, portanto, de destruição sistemática, ratificada pelos planos reguladores urbanos. Na praça, seria ainda reconstruído o altar com maior representatividade da "Paz" de Augusto, a Ara Pacis Augustae, em 1938. A presente proposta de pesquisa insere-se neste contexto, buscando analisar os usos do passado no processo de construção da Piazza Augusto Imperatore, efetuado pelo regime fascista em vias de legitimar suas pretensões imperialistas na década de 1930, bem como interferir no processo memorativo. As principais fontes a respeito são cinejornais, curtos filmes-reportagens, produzidos pelo Istituto Nazionale LUCE, entidade paraestatal responsável pela cinematografia educativa do fascismo. As inúmeras etapas de sistematização da praça foram veiculadas nos cinejornais, manifestando proficuidade para o estudo das estratégias discursivas de representação do culto della romanità.

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)