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Efeito na atividade citotóxica de células T humana modificadas com distintos CAR com especificidade para diferentes carboidratos da superfície de Cryptococcus neoformans

Processo: 23/06496-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Vigência (Início): 01 de outubro de 2023
Vigência (Término): 28 de fevereiro de 2027
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunologia Aplicada
Pesquisador responsável:Thiago Aparecido da Silva
Beneficiário:Michele Procópio Machado
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFAR). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
Assunto(s):Linfócitos T   Quitina
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:C | Car | Células T | Gxm | GXMGal | neoformans | quitina | Terapia Celular e Infecções Fúngicas Invasivas

Resumo

As infecções fúngicas invasivas são um problema grave de saúde pública que afeta mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo. Uma espécie particularmente preocupante é o Cryptococcus neoformans, que é responsável pela maioria dos casos de meningite fúngica em pacientes imunocomprometidos. A taxa de mortalidade anual devido à criptococose é alarmante, chegando a cerca de 625.000 óbitos. O C. neoformans possui mecanismos que o tornam altamente patogênico, permitindo a evasão da resposta imunitária do hospedeiro. A presença de uma cápsula polissacarídica, composta por GXM (glucoroxilomana) e GXMGAL (galactoxilomana), associada à parede celular contendo quitina são componentes envolvidos no mecanismo de evasão do C. neoformans. Esses carboidratos mascaram a superfície do fungo com prejuízo para o reconhecimento de padrões moleculares pelas células da imunidade inata. Como resultado, a resposta imunitária do hospedeiro é comprometida e, consequentemente, o desenvolvimento de uma resposta adaptativa específica para o fungo é ineficiente. Atualmente, os medicamentos de escolha no tratamento da criptococose acarretam efeitos adversos e um aumento na resistência antifúngica do Cryptococcus spp. tem avançado. Diante disso, as imunoterapias são consideradas uma abordagem promissora no tratamento da criptococose. Uma estratégia terapêutica envolve o uso de células T modificadas com um receptor antigênico quimérico (CAR) específico para o GXM de Cryptococcus spp, denominado GXMR-CAR. Estudos anteriores demonstraram que esse redirecionamento de células T expressando GXMR-CAR foi capaz de desencadear efeito citotóxico sobre o fungo no sítio da infecção in vivo. Portanto, o objetivo deste estudo é ampliar a construção de novos CAR com especificidade para GXMGal (anticorpo monoclonal anti-GXMGal clone D8; D8-GXMGALR-CAR) ou quitina (anticorpo monoclonal anti-quitina clone C55 ou DD11; C55-CHITINR-CAR e DD11-CHITINR-CAR) de C. neoformans. Além disso, uma comparação entre a atividade citotóxica desencadeada por células T modificadas com os distintos CAR específicos para C. neoformans será realizada para elencar o construto de maior impacto no controle da criptococose. Em posse desse resultado, uma abordagem terapêutica combinada entre as células T modificadas e a associação com drogas antifúngicas como a classe de equinocandinas está prevista. Essa proposta visa aumentar a susceptibilidade do C. neoformans ao antifúngico para repercutir na redução da dosagem e, com isso, em efeitos adversos amenos. Na presente proposta, as sequências codificadoras dos fragmentos variáveis dos anticorpos monoclonais D8, C55 ou DD11 serão inseridas em um vetor lentiviral contendo os outros domínios compondo um CAR de segunda geração. As partículas lentivirais serão produzidas em células HEK-293T e as células Jurkat e PBMC serão transduzidas para avaliar a especificidade dos CAR frente ao C. neoformans, e também a capacidade do CAR de induzir a atividade citotóxica contra o fungo. Além disso, a proposta investigará o redirecionamento das células T-CAR no controle do estabelecimento e progressão da infecção por C. neoformans em camundongos NSG. Portanto, a proposta de pesquisa apresenta um grande potencial de gerar novos CAR com elevada especificidade para C. neoformans o que amplia a possibilidade de caracterizar CAR com elevada capacidade de redirecionamento e capaz de mediar um maior efeito citotóxico sobre o C. neoformans.

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