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Seará-Grande, a Genebra dos Sertões: uma paisagem barroca transliterada na circulação de jesuítas, flamencos e lusos

Processo: 22/12753-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Vigência (Início): 01 de agosto de 2023
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2024
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo - Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
Pesquisador responsável:Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno
Beneficiário:José Ramiro Teles Beserra
Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/06538-9 - Barroco-açu: a América Portuguesa na geografia artística do Sul global, AP.JP2
Assunto(s):História da urbanização   Arqueologia da paisagem   Barroco   Circulação de ideias   Paisagem cultural   Transculturação   Arquitetura religiosa   Sertão   Região Norte
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arqueologia da paisagem | arquitetura religiosa colonial | Barroco | Circulação de idéias | Paisagem Cultural | Transculturação | História da Urbanização

Resumo

No Brasil, o barroco alcançou sua maior expressão nas artes e arquitetura religiosa, conforme atesta-nos a expressiva produção historiográfica tradicional, atinente e restrita, ao estudo dos exemplares edificados nos ricos e grandes centros da administração colonial. Alheada, a arte e arquitetura religiosa dos Sertões do Norte, dormitou velada dos olhares estudiosos, o que se verifica facilmente pela quase completa inexistência de bibliografia relativa ao recorte geográfico em questão. Trata-se de uma arquitetura híbrida, cunhada na síntese de diversos fatores de ordem social, econômica e geográfica. Sua existência e relevância precisam ser reveladas e proclamadas justamente por sua singularidade, vinculada aos principais fatores genitivos que lhe deram sentido: a circulação de homens, instituições, ideias e formas através de redes de conexões em perspectiva global; e a transculturação destas ideias, transliteradas em novo território, mediatizadas pelas possibilidades técnicas, sociais e econômicas da nova paisagem dos sertões brasileiros em formação. Para tanto, diante escassez documental e bibliográfica, será necessário proceder a uma leitura acervo artístico-arquitetônico remanescente sob o viés da arqueologia da paisagem, decalcando-o em suas diversas interpretações enquanto fonte primária, documento arquitetônico físico, mediante abordagem de observação empírica, tomando-o como objeto vernáculo que traduziu predicados técnicos e simbólicos resinificados a partir da visão de mundo do colonizador e da circulação de ideias em conexão global, sob uma perspectiva braudeliana da economia-mundo e da longa duração, lastreando-se a ideia de um sertão alargado à dimensão do mundo, em suas conexões transoceânicas e continentais. Numa abordagem tomada à Ginzburg, serão ainda trabalhadas fontes primárias pouco exploradas em estudos de arquitetura mas que se mostraram profícuas para a compreensão indireta dos processos sócio-culturais que viabilizaram a consolidação da cultura arquitetônica sertaneja: cartografia, espólios artísticos, inventários post-mortem e documentação indiciária, mormente processos inquisitoriais, que poderão revelar detalhes do cotidiano dos agentes produtores, bem como das condições e possibilidades logísticas do movimento das ideais e técnicas em rede global. (AU)

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