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Efeito de queimadas prescritas na estrutura espacial e na dinâmica de populações de gramíneas invasoras do Cerrado: subsídios para o manejo adaptativo a longo prazo.

Processo: 23/06557-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de julho de 2023
Situação:Interrompido
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Aplicada
Pesquisador responsável:Giselda Durigan
Beneficiário:Bruna Helena de Campos
Instituição Sede: Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA). Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:20/01378-0 - Campos naturais do estado de São Paulo: diagnóstico, manejo e conservação, AP.BTA.TEM
Bolsa(s) vinculada(s):24/05823-0 - Efeitos do pastejo por gado no estrato herbáceo de ecossistemas savânicos invadidos por gramíneas exóticas, BE.EP.PD
Assunto(s):Ameaças   Cerrado   Fogo   Invasão biológica   Manejo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ameaças | cerrado | fogo | gramineas africanas | Invasão biológica | manejo | Controle de invasão biológica

Resumo

Espécies exóticas invasoras são uma ameaça à conservação de ecossistemas naturais em todo o globo, situação também enfrentada pelas áreas abertas do Cerrado paulista. Um dos principais grupos de plantas invasoras que ameaçam estes ecossistemas é o de gramíneas africanas. Estas espécies apresentam elevado risco de invasão em unidades de conservação, causam impactos negativos na vegetação nativa e demandam aporte de recursos humanos e financeiros para seu controle. Estudos recentes demonstraram os efeitos benéficos de queimadas prescritas para o manejo de gramíneas africanas em comunidades invadidas de Cerrado, mas também demonstraram que o fogo, sozinho, pode trazer mais prejuízos do que benefícios, de modo que exige a combinação de outras práticas para ter sucesso. O controle de plantas invasoras tem sido incorporado recentemente ao portfólio de técnicas de restauração, mas estudos empíricos sobre o assunto são raros. O fogo é tido como uma ferramenta útil no controle, mas a resposta da vegetação dos campos invadidos à ocorrência de queimadas é complexa, dificultando generalizações a respeito do uso do fogo com essa finalidade. Ainda que já se saiba que as gramíneas exóticas intensificam o fogo e seus impactos, até hoje não foi demonstrado se o fogo, de fato, acelera a invasão por gramíneas exóticas e em que taxas isso ocorreria, embora esta afirmação seja frequentemente encontrada na literatura. Sabe-se que invasões por gramíneas africanas no Cerrado são associadas à existência de estradas e carreadores, que facilitam a chegada e o estabelecimento de propágulos. Após o estabelecimento de indivíduos fundadores, o processo de expansão da invasão acontece através do recrutamento de novos indivíduos e posterior coalescência de manchas isoladas. Entretanto, não há estudos que investiguem de que forma queimadas prescritas influenciam a dinâmica espacial das populações invasoras, mesmo sendo esta uma informação crucial para simular cenários de manejo e orientar planos de manejo adaptativo em longo prazo. Além disso, diferentes espécies de gramíneas podem responder de maneira distinta ao fogo, em função de diferenças funcionais relacionadas com seus processos reprodutivos (por sementes ou por propagação vegetativa). Para elucidar essas questões, este projeto tratará da resposta ao fogo em termos de expansão das populações de duas espécies de gramíneas africanas que se comportam como invasoras no Cerrado - Urochloa decumbens e Urochloa umidicola. Esperamos, com este estudo, quantificar as taxas de expansão das duas espécies invasoras em resposta ao fogo e, assim, dar subsídios às ações de controle.

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