O resgate histórico dos processos de produção e acumulação de riquezas, com base no café, algodão e na escravidão no Brasil e Estados Unidos, e as repercussões socioespaciais da exclusão e da pobreza em análise comparativa entre suas cidades.

Resumo

Este projeto de pesquisa, em nível pós-doutoral, visa dar continuidade aos estudos da tese de doutorado deste pesquisador/proponente, que realizou approach comparativo entre São Paulo e Nova York, mediante uma abordagem urbanística e histórica. Na presente e futuras análises, inverteu-se a sequência das abordagens, tendo como escopo mais amplo a análise histórica comparativa entre São Paulo (Brasil) e Nova York + Nova Inglaterra (EUA), por meio de um resgate histórico dos processos de produção e acumulação de riqueza com base nos commodities globais café e algodão, respectivamente, além da escravidão negra como vetores principais de crescimento econômico (imigração europeia, urbanização e industrialização), nos séculos XVIII e XIX, períodos colonial e/ou escravista, onde e quando a mão-de-obra negra escravizada foi usada para transformar recursos naturais em riquezas, dando origem às atuais cidades modernas, entre outras instituições, com suas contradições e desigualdades, ainda hoje visíveis em bairros e/ou vizinhanças de São Paulo, Nova York, Boston, entre outras. Em continuidade, o projeto focalizará a chamada degradação física e simbólica de bairros/vizinhanças em São Paulo, Nova Iorque e Nova Inglaterra, em larga medida habitadas por afrodescendentes e/ou "gente de cor", para aprofundar a ressonância socioespacial das contradições capitalistas em curso em tempos de neoliberalismo.