Busca avançada
Ano de início
Entree

Vacina experimental contra leptospirose: avaliação da metaloprotease leptolisina de leptospiras como antígeno vacinal

Processo: 23/05216-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Vigência (Início): 01 de junho de 2023
Vigência (Término): 31 de março de 2025
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunologia Aplicada
Pesquisador responsável:Lourdes Isaac
Beneficiário:Thais Akemi Amamura
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:17/12924-3 - Etiopatogênese da Leptospirose: contribuição do sistema complemento in vivo e in vitro para o controle da infecção e desencadeamento da resposta inflamatória tecidual: estudo de polimorfismos de genes do sistema complemento em pacientes com Leptospirose, AP.TEM
Assunto(s):Leptospira   Leptospirose   Metaloproteases   Resposta imune   Sistema do complemento   Vacinas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Leptospira | leptospirose | metaloprotease | resposta imune | sistema complemento | Vacina | Vacina experimental

Resumo

A leptospirose é uma zoonose causada por bactérias espiroquetas que pertencem ao gênero Leptospira. Muito frequente em áreas tropicais e subtropicais, a doença representa um grave problema de saúde pública. Atualmente as vacinas para leptospirose apresentam baixa eficácia, vários efeitos colaterais, falta de proteção cruzada para os diferentes sorovares e imunidade de curta duração. Em um estudo anterior realizado por nosso grupo, observou-se que a leptolisina recombinante, uma metaloprotease secretada por leptospiras patogênicas foi capaz de interferir no seu reconhecimento e na sua internalização pelos macrófagos murinos e humanos, pela degradação ou inibição dos receptores de superfície destas células ou pela clivagem das opsoninas C3b e iC3b presentes nos soros normais de humanos e camundongos ou depositadas na membrana das bactérias, prejudicando a resposta imune contra as leptospiras e favorecendo desta forma, a sua disseminação no organismo. Considerando esta importante atividade biológica e a falta de estudos sobre proteases de leptospiras para formulações de vacinas, acreditamos que seja de grande relevância avaliar a leptolisina como potencial candidato vacinal. Para isto, hamsters (Golden Syrian) e camundongos C3H/HeJ (deficientes de TLR4), ambos susceptíveis à infecção por leptospiras patogênicas, serão imunizados com a metaloprotease leptolisina recombinante utilizando o hidróxido de alumínio como adjuvante e em seguida serão desafiados com a leptospira patogênica L. interrogans (L1 130 FIOCRUZ). Este estudo tem a finalidade de investigar a resposta imune celular gerada após a imunização com a leptolisina, sendo a ativação de células T essencial para a indução de anticorpos de alta afinidade e proteção de longa duração. Além disso, determinaremos a capacidade da leptolisina recombinante de promover imunidade esterilizante em órgãos de hamsters e camundongos C3H/HeJ comparando com animais que receberão uma vacina comercial ou apenas PBS. Análises histopatológica e imuno-histoquímica do fígado, rins, pulmão e baço de hamsters e camundongos C3H/HeJ que receberão a leptolisina recombinante serão realizadas para averiguar a ocorrência de lesão tecidual e/ou fibrose além da quantificação de anticorpos IgG1 e IgG2 antígeno-específicos nos soros dos animais imunizados com a proteína recombinante. Desta forma, os dados da resposta imune gerados pelo uso da leptolisina de leptospira patogênica como candidato vacinal podem contribuir para o entendimento dos mecanismos imunológicos e consequentemente contribuir para o desenvolvimento de uma vacina com capacidade de induzir proteção efetiva contra a leptospirose.

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)