Vitamina E e risco cardiometabólico em residentes da cidade de São Paulo: ingestão dietética e concentrações plasmáticas considerando polimorfismos nos genes SCARB1, CYP4F2, NKAIN3 e BUD13/ZNF259/APOA5.

Resumo

Devido a sua capacidade antioxidante e anti-inflamatória estudos com a vitamina E (alfa-tocoferol) se tornaram essenciais para elucidar seu possível papel na redução do risco e tratamento de doenças cardiometabólicas. Contudo, apesar de resultados positivos em estudos epidemiológicos, estudos clínicos apresentaram resultados conflitantes. O motivo desses resultados pode estar na variabilidade genética interindividual. Nesse contexto, esse estudo se propõe a avaliar o consumo de vitamina E em indivíduos residentes na cidade de São Paulo, investigando seu potencial de influenciar mecanismos cardiometabólicos mediado por variantes genéticas. O estudo utilizará dados do Inquérito de Saúde de São Paulo 2015. Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, com amostra probabilística de residentes da cidade de São Paulo. Serão utilizados dados de participantes adultos e idosos do "ISA-Nutrição" (n = 600) que tiveram avaliação do consumo alimentar e coleta de dados bioquímicos e genéticos. Dados de consumo alimentar de vitamina E foram obtidos por recordatórios alimentares de 24 h. Serão avaliadas as concentrações de ±-tocoferol plasmático, lipidograma e perfil inflamatório. Análise de prevalência de polimorfismos de nucleotídeo único dos genes SCARB1, CYP4F2, NKAIN3 e BUD13/ZNF259/APOA5 e sua associação com consumo e perfil plasmático de vitamina E serão realizadas. Modelos de regressão linear e logística múltiplos serão utilizados para testar a associação entre as variáveis de interesse. As análises serão realizadas no software RStudio, considerando nível de significância de 5% e a complexidade da amostra.