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Efeitos de diferentes ácidos graxos na competência de células trofoblásticas e embriões bovinos em estabelecerem a prenhez

Processo: 22/06959-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de maio de 2023
Vigência (Término): 29 de fevereiro de 2024
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Reprodução Animal
Pesquisador responsável:Claudia Maria Bertan Membrive
Beneficiário:Lucas de Oliveira Bezerra
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Assunto(s):Ácidos graxos   Embrião   Prostaglandinas   Trofoblastos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ácidos graxos | embrião | prostaglandinas | Trofoblasto | Reprodução Animal

Resumo

Em rebanhos bovinos a mortalidade embrionária precoce ocasionada por falhas no reconhecimento materno fetal, entre os dias 15 e 19 após a fecundação, constitui uma das maiores causas de falhas reprodutivas. Estratégias que possam favorecer o reconhecimento materno fetal durante tal período crítico tornam-se de fundamental interesse econômico. Tais estratégias objetivam reduzir a capacidade de síntese de prostaglandina F2± (PGF2±) pelo endométrio materno e/ou maximizar o estímulo anti-luteolítico induzido pelo concepto, incluindo o aumento da síntese de prostaglandina E2 (PGE2). O uso de diferentes ácidos graxos pode alterar a proporção de PGE2 e PGF2± sintetizadas nas células trofoblásticas e embriões. O CLA e o AL reconhecidamente determinam modificações na via metabólica do ácido graxo poliinsaturado n-6 na biossíntese de eicosanóides, incluindo as prostaglandinas (PG). Reportou-se que a suplementação com tais ácidos graxos em meios de culturas celulares afeta a síntese de PG, entretanto tal efeito ainda não havia sido avaliado em células trofoblásticas bovinas (CT1). Em um estudo recente realizado pelo grupo (Processo FAPESP 2018/24168-1), testou-se os efeitos do tratamento com CLA [cis-9, trans-11 e trans-10, cis-12], em diferentes doses no meio de cultivo das CT1. Nesse estudo, verificou-se a redução na síntese de PGF2± em todos os grupos tratados com CLA (10, 20, 50 e 100 µM) com 24, 48 e 72 horas de cultivo comparado ao controle (0 µM). Também foi observada maior relação PGE2/PGF2± em todos os grupos tratados com CLA com 48 e 72 horas de cultivo comparado ao controle; tendo também havido modificações na abundância de transcritos envolvidos na biossíntese de PGF2± e PGE2. Nesse estudo, diferentes doses de CLA também foram utilizadas na produção in vitro de embriões, durante a maturação e cultivo in vitro (MIV e CIV) ou somente no cultivo in vitro (CIV). Evidenciamos que as doses de 50 e 100 ¼M no CIV aumentou a produção de blastocistos eclodidos no D9. Diante dos resultados promissores obtidos até o momento, encaminhamos a referida proposta com o objetivo de prosseguir com o referido estudo, testando nos mesmos modelos biológicos (CT1 e embriões produzidos in vitro) outros tipos de ácidos graxos, especialmente o ácido linoleico não conjugado (AL; C18:26; ômega 6), ácido oleico (AO; C18:1; ômega 9) e uma mistura contendo ácido eicosapentanóico (EPA; 20:53; ômega 3) + docosahexanóico (DHA; 22:63; ômega 3). A hipótese desse estudo é que a suplementação com CLA, AL, AO ou EPA + DHA aumenta a relação PGE2/PGF2± e modifica a expressão de transcritos envolvidos na biossíntese de eicosanóides e no reconhecimento materno fetal em CT1 e embriões bovinos, além de favorecer o nível de metilação do DNA nos embriões. Assim, tornam-se objetivos avaliar os efeitos da suplementação com CLA, AL, AO ou EPA + DHA na relação PGE2/PGF2± e na expressão de transcritos envolvidos na biossíntese de prostaglandinas (PTGER2, PTGER4, PTGES1, PLA2G10, PTGS2, PTGES2, AKR1B1, AKR1C4) e no reconhecimento materno-fetal (IFNT) em CT1 (Experimento 1); comparar os efeitos da suplementação com CLA, AL, AO ou EPA + DHA no CIV na relação PGE2/PGF2±, na expressão de transcritos envolvidos na biossíntese de prostaglandinas (PTGER2, PTGER4, PTGES1, PLA2G10, PTGS2, PTGES2, AKR1B1, AKR1C4), no reconhecimento matermo-fetal (IFNT) e no nível de metilação do DNA (DNMT1, DNMT3A, DNMT3B) em embriões bovinos produzidos in vitro no D7 (Experimento 2). Ressalta-se que determinar um comparativo entre ambos os sistemas de cultivo in vitro citados possibilitará o esclarecimento de quais são os possíveis mecanismos de ação CLA, AL, AO e EPA + DHA sobre a capacidade de síntese de PG e a determinação do sucesso na prenhez em células trofoblásticas e embriões. Tais informações, são fundamentais para destacar a importância da maior produção de PGE2 pelo embrião e células trofoblásticas como um fator de sucesso para o estabelecimento a prenhez.

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