Busca avançada
Ano de início
Entree

Micróglia na modulação da funcionalidade da barreira hematoencefálica durante a instalação da hipertensão espontânea

Processo: 23/03054-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Vigência (Início): 01 de abril de 2023
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2024
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia de Órgãos e Sistemas
Pesquisador responsável:Lisete Compagno Michelini
Beneficiário:Mariana Makuch Martins
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:18/14544-6 - Barreira hematoencefálica: um novo paradigma no tratamento da hipertensão, AP.TEM
Assunto(s):Fisiologia cardiovascular   Barreira hematoencefálica   Microglia   Neuroinflamação   Hipertensão
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Barreira hematoencefálica | hipertensão espontânea | microglia | Neuroinflamação | núcleos autonômicos | Fisiologia Cardiovascular

Resumo

A barreira hematoencefálica (BHE) controla rigidamente o trânsito de substâncias entre o plasma e o interstício de áreas cerebrais. A micróglia não estrutura a BHE, mas interfere em seu funcionamento por meio da síntese de citocinas pró-inflamatórias. Evidências experimentais demonstraram na hipertensão crônica ativação da micróglia e disfunção da BHE com acesso de angiotensina II (Ang II) ao parênquima de áreas cerebrais relacionadas com o controle autonômico da circulação (núcleo paraventricular do hipotálamo, PVN; núcleo do trato solitário, NTS; região rostroventrolateral do bulbo, RVLM), mas sua ausência em indivíduos pré-hipertensos. É provável que a Ang II e a micróglia interfiram com a disfunção da BHE durante o estabelecimento da hipertensão, mas desconhecemos o estímulo desencadeante e a sequência temporal com que estas alterações se processam, o que pretendemos investigar no presente trabalho. Para tanto, ratos hipertensos espontâneos (SHR) e Wistar (controles) foram submetidos à avaliação da sequência temporal da hemodinâmica basal, da alteração da permeabilidade da BHE (administração ia. de corantes fluorescentes de alto e baixo peso molecular) e da expressão/ativação da micróglia (imunohistoquímica), desde a fase pré-hipertensiva (4 semanas de idade) até a fase crônica da hipertensão (12 semanas de idade). Neste estudo, vimos que alterações hemodinâmicas fisiológicas e instalação da hipertensão dos SHR, ocorrem de forma significativa partir da 8ª semana dos SHR. Entretanto, o aumento exponencial da permeabilidade da BHE no PVN de SHRs é evidente já na 6ª semana. O mesmo padrão foi visto nas análises de densidade integrada, com início da elevação progressiva da imunorreatividade para IBA-1 também a partir da 6ª semana de idade dos SHRs, o que não se aplicou aos controles, que mantiveram valores semelhantes ao longo do seu desenvolvimento. Avaliações qualitativas das fotomicrografias de imunohistoquímica para micróglia demonstram, em SHR, modificações em seu fenótipo compatíveis com a via M1 (ativação de atividade microglial pró-inflamatória) já vistas em outros trabalhos, caracterizada pela redução de prolongamentos e ramificações. Análises morfométricas da micróglia presente em PVN de SHR demonstraram redução numérica com curva exponencial ao longo da idade, o que não é visto nos controles, que permanecem sem alterações significantes do início ao fim dos experimentos. Apesar dessas alterações, ao avaliar a variação do número de células entre as idades e grupos experimentais, nota-se que ela não ocorre, forte indício de que se trata de uma modificação estrutural e não numérica da micróglia, ao longo da idade e da elevação da PAM. Alterações temporais da PAM, permeabilidade da BHE e presença da ativação da micróglia durante a instalação da hipertensão sugerem fortemente que a instalação do fenótipo secretor pela micróglia ativada com síntese de citocinas pró-inflamatórias, contribui para a instalação da disfunção da BHE ao longo do desenvolvimento da hipertensão espontânea. Para a continuidade deste trabalho, são nossos novos objetivos: 1 - avaliar se estes resultados obtidos no PVN se reproduzem ao NTS, RVLM e áreas não-autonômicas de SHR e controles (Wistar); 2 - avaliar a presença e evolução temporal de neuroinflamação através da dosagem de citocinas presentes em homogenato de áreas autonômicas de SHR e seus controles; 3 - pretendemos inibir as células microgliais em SHR de 12 semanas (hipertensão crônica), refazendo os demais testes (hemodinâmicos, permeabilidade da BHE e avaliação da ativação da micróglia), para compreender os efeitos da micróglia sobre esta sucessão de eventos obtidas até então. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)