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Misturas de culturas de cobertura em sistema de plantio direto: interações entre espécies e consórcio com milho

Processo: 21/13960-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Vigência (Início): 01 de outubro de 2023
Vigência (Término): 30 de setembro de 2024
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Agronomia - Fitotecnia
Pesquisador responsável:Paulo Mazzafera
Beneficiário:João Leonardo Corte Baptistella
Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Conservação do solo   Plantio direto   Rotação de culturas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:arquitetura de raiz | bio-tillage | Conservação do solo | Plantio direto | resíduos vegetais | rotação de culturas | Rotação de culturas

Resumo

Sistemas de produção conservacionistas, como o sistema de plantio direto (SPD), são uma maneira sustentável de se produzir alimento desde que seus três princípios sejam cumpridos: (i) não revolvimento do solo; (ii) manutenção de cobertura sobre o solo na forma de resíduos e/ou plantas; e (iii) rotação de culturas. No entanto, da forma como é feito o SPD no Brasil, esses princípios não são cumpridos em sua totalidade e problemas como compactação de solo, baixa retenção de cobertura sobre o solo e baixa biodiversidade são comuns. Existem consórcios bem-sucedidos, como milho e Urochloa spp. e Megathyrsus maximum, capazes de manter boa cobertura sobre o solo e agregar inúmeros benefícios ao sistema de produção - estruturação do solo, ciclagem de nutrientes e sequestro de carbono, por exemplo. Mas existem várias outras espécies de plantas de cobertura passíveis de serem introduzidas no SPD em rotação de culturas, além disso, o uso misturas de espécies de culturas de cobertura também vêm sendo adotado empiricamente por alguns produtores. Embora essa prática traga biodiversidade ao sistema, não se sabe quais espécies são predominantes e nem quais os reais benefícios em comparação aos consórcios milho-forrageiras. Em outras palavras, não há critério claro para adoção dessa prática. A inclusão de culturas de cobertura precisa ser criteriosa e deve visar o cumprimento das premissas do SPD, além de levar em conta a provisão de múltiplos serviços ao sistema e ser mais vantajosa ao produtor que o sistema vigente. O "bio-tillage" visa a introdução de espécies perenes, com sistema radicular diverso, profundo, pivotante e de rápida decomposição. Utilizando-o como critério, introduz-se plantas com base na forma e função de seu sistema radicular, cumprindo as premissas do SPD, ao mesmo tempo em que se obtém múltiplos serviços ecossistêmicos. Nesse sentido, parte-se do princípio de que Urochloa e M. maximum são culturas perenes que propiciam melhorias ao SPD, mas que a inclusão de outras espécies de cobertura pode potencializar esses efeitos. Baseado nos critério do bio-tillage, escolheu-se Crotalaria spectabilis Roth e o nabo-forrageiro (Raphanus sativus L.) para compor as misturas com as gramíneas. O objetivo dessa pesquisa é avaliar a introdução criteriosa de misturas de culturas de cobertura, compostas por uma gramínea (Urochloa ruziziensis ou M. maximum cv Mombaça), Crotalaria spectabilis e nabo forrageiro, avaliando a qualidade de solo (física, química e biológica), a cobertura de solo, acúmulo de biomassa e composição dos tecidos das plantas, além das interações ecológicas entre elas e a viabilidade de se introduzir essas misturas em consórcio com o milho segunda safra. Propõe-se três experimentos para entender as interações ecológicas entre as plantas em comunidade e quais benefícios elas agregam ao SPD. Nos experimentos 1 e 2, focamos nas interações ecológicas entre as plantas na mistura e os benefícios de sua inclusão, a campo e em rizotrons, onde também serão estudados o sistema radicular e a recalcitrância dos resíduos das plantas. Depois, pretende-se estudar a viabilidade da inclusão dessas misturas em consórcio com milho segunda safra e comparar o desempenho com os consórcios milho-forrageira já adotados. Propõe-se três experimentos para entender as interações ecológicas entre as plantas em comunidade e quais benefícios elas agregam ao SPD. Nos experimentos 1 e 2, focamos nas interações ecológicas entre as plantas na mistura e os benefícios de sua inclusão, a campo e em rizotrons, onde também serão estudados o sistema radicular e a recalcitrância dos resíduos das plantas. Depois, pretende-se estudar a viabilidade da inclusão dessas misturas em consórcio com milho segunda safra e comparar o desempenho com os consórcios milho-forrageira já adotados.

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