A face sociopolítica da crise climática e eventos extremos: estudo com as ecovilas paulistas e bávaras

Resumo

As ecovilas surgiram do movimento social contracultural e antissistema das comunidades alternativas da década de 1970. Essas organizações sociais têm a regeneração humana, social e natural como propósito. No entanto, não há dados publicados de como essas comunidades têm incorporado a crise do clima e eventos extremos. A forma como os movimentos sociais lidam com a crise pode influenciar seu poder de resposta e o resultado de sua atuação social e ambiental. A proposta da pesquisa é realizar uma análise referenciada das ecovilas rurais do Estado de São Paulo e do Estado da Baviera, na Alemanha, por ser esse país precursor do movimento global das ecovilas, sede de longevos e vibrantes coletivos dessa espécie e líder no debate climático global. Este estudo é do tipo aplicado, exploratório e descritivo, de abordagem quali-quanti, elaborado a partir de levantamento bibliográfico e documental, e pesquisa de campo mediante entrevistas semiestruturadas com integrantes das ecovilas rurais e instituições catalizadoras do movimento. Os dados de entrevistas serão tratados por análise de conteúdo, ao passo que os documentos por análise de discurso, a fim de se contrapor o prometido em leis e políticas públicas versus a realidade do efetivamente praticado no âmbito das ecovilas de ambos os países. Espera-se, assim, provocar o debate quanto à participação e envolvimento das ecovilas no enfrentamento da crise climática e eventos extremos, suas estratégias de resposta, contribuições às Agendas de Adaptação e ao fortalecimento do empreendedorismo social, da cidadania e da justiça climáticas de ambos os países.