Evolução da transmissibilidade e virulência de patógenos em populações espacialmente distribuídas

Resumo

A pandemia de SARS-CoV2 levou ao desenvolvimento de um grande quantidade de trabalhos teóricos visando modelar e descrever e evolução da doença sob diversas condições. Estudou-se o papel da quarenta, das vacinações e da distribuição geográfica das populações. Alguns trabalhos levaram em conta mutações neutras procurando pistas para o surgimento de novas variantes. Nesse projeto pretendemos retomar um modelo desenvolvido em 2003 por Rauch et al. onde estudou-se a propagação de um vírus por uma população espacialmente distribuída. Um dos principais resultados desse trabalho é que, quando o vírus sofre mutações em sua taxa de transmissão ocorre a fixação de variantes com transmissão moderada, pois as mais transmissíveis matam o hospedeiro muito rapidamente. Nesse trabalho pretendemos permitir que a virulência (taxa de mortalidade induzida pelo vírus) também sofra mutações. Pretendemos estudar qual o estado de equilíbrio endêmico desse vírus tanto em relação à transmissibilidade quanto à virulência. O estudo da evolução da transmissibilidade e virulência pode contribuir para desvendar a crença de que os vírus sempre evoluem de forma a se tornar fracos e endêmicos.