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O membro contralateral é uma referência clinica e biomecânica confiável para avaliar indivíduos com dor femoropatelar bilateral e unilateral? Uma análise da função objetiva e de estratégias intra e entre membros

Processo: 22/09084-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Vigência (Início): 31 de janeiro de 2023
Vigência (Término): 30 de agosto de 2023
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Pesquisador responsável:Fábio Mícolis de Azevedo
Beneficiário:Marina Cabral Waiteman
Supervisor: David Matthew Bazett-Jones
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Presidente Prudente. Presidente Prudente , SP, Brasil
Local de pesquisa: University of Toledo (UT), Estados Unidos  
Vinculado à bolsa:20/12257-0 - Comparação de indivíduos com sintomas bilaterais e unilaterais de dor femoropatelar: Um estudo transversal e longitudinal da dor, função, qualidade de vida e parâmetros biomecânicos, BP.DR
Assunto(s):Avaliação clínica   Biomecânica   Dor femoropatelar   Desempenho físico funcional   Dor musculoesquelética
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:avaliação clínica | Biomecânica | Desempenho funcional | Dor Femoropatelar | dor no joelho | Musculoesquelética

Resumo

No tratamento da DFP, a função é um dos principais desfechos clínicos. Indivíduos com DFP apresentam menor função objetiva, avaliada pelo menor desempenho funcional durante testes como o Single Leg Hop Test (SLHT). No entanto, esse achado se baseia em estudos que compararam o desempenho do membro doloroso (sintomas unilaterais) ou mais doloroso (sintomas bilaterais) de indivíduos com DFP e o membro dominante ou não dominante de indivíduos sem dor. Em contrapartida, na prática clínica limita-se à análise do desempenho no membro contralateral como referência clínica; o que pode não ser confiável na presença de sintomas bilaterais. Ao contrário daqueles com sintomas unilaterais, que podem ter um melhor desempenho com o membro assintomático, indivíduos com sintomas bilaterais de DFP podem apresentar comprometimentos funcionais em ambos os membros. Nestes casos, uma simetria entre membros durante o teste pode ser erroneamente interpretada. Contudo, nenhum estudo investigou o desempenho durante o SLHT no membro contralateral de indivíduos com sintomas bilaterais e unilaterais de DFP comparado à indivíduos assintomáticos. Possíveis diferenças podem evidenciar que considerar o membro contralateral como parâmetro de normalidade pode não ser igualmente eficiente para avaliar a função de indivíduos com sintomas bilaterais e unilaterais de DFP. Estudos recentes sugerem ainda que mensurar isoladamente a função por meio de medidas objetivas durante o SLHT pode não ser acurado uma vez que não leva em consideração a presença de estratégias de movimento intra e entre membros utilizadas para responder às demandas do teste. Em indivíduos com DFP, algumas estratégias compensatórias usadas para reduzir o estresse articular e dor foram previamente reportadas. Entretanto, tais achados se limitam a análises em que indivíduos com sintomas bilaterais e unilaterais são incluídos em um único grupo onde apenas o membro doloroso/mais doloroso é avaliado. É possível que indivíduos com sintomas unilaterais utilizem estratégias entre membros para reduzir as sobrecargas no membro doloroso e aumentar as demandas sobre o assintomático; enquanto aqueles com sintomas bilaterais podem utilizar estratégias intra membro (e.g., aumentando a contribuição de quadril ou tornozelo) para reduzir a sobrecarga sobre ambos os joelhos. Embora tais estratégias possam ser válidas a curto prazo, o persistente uso delas pode favorecer comprometimentos bilaterais naqueles com sintomas unilaterais e o desenvolvimento de desordens em outras articulações do membro inferior naqueles com sintomas bilaterais. Assim, investigar se indivíduos com sintomas bilaterais e unilaterais de DFP utilizam estratégias compensatórias intra e entre membros durante o SLHT pode evidenciar a necessidade de se considerar a identificação de tais alterações na prática clínica para complementar a análise da função objetiva e prevenir que elas continuem mascaradas. Portanto, o objetivo dessa proposta é de comparar o desempenho entre membros durante o SLHT, bem como estratégias intra e entre membros utilizadas durante a aterrissagem do teste entre indivíduos com sintomas bilaterais e unilaterais de DFP e indivíduos assintomáticos. Homens e mulheres entre 18 e 35 anos com e sem DFP serão recrutados. A função objetiva durante o SLHT será avaliada por meio da distância saltada (em cm). A biomecânica durante a fase de aterrissagem do teste será coletada por meio de um sistema de análise tridimensional do movimento sincronizado a uma plataforma de força. As variáveis de interesse serão: flexão de tronco e joelho, energy absorption total, a contribuição individual do quadril, joelho e tornozelo para a energy absorpiton total, a razão de produção de momentos intra membro no quadril e tornozelo em relação ao joelho, e força vertical de reação do solo. Testes estatísticos usando um modelo linear geral usando testes de F multivariados serão realizados para comparar as variáveis de interesse entre grupos e membros. (AU)

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