Manufatura de scaffolds 3D de biosílica de esponja marinha para utilização na engenharia de tecido ósseo e sua avaliação dos efeitos biológicos in vitro

Resumo

Nos últimos anos, a crescente ocorrência de fraturas ósseas em seu estado crítico tem atingido aproximadamente 200 milhões de pessoas pelo mundo e resultando em custos elevados para o devido tratamento. Com isso, a utilização de biocerâmicos é uma alternativa acessível e viável para este fim, dentre as quais é possível citar o uso de biosílica extraída de esponjas marinhas, haja visto que essa apresenta efeitos osteogênicos comprovados em estudos in vitroe um menor custo de implantação por meio de substitutos ósseos. A fim de otimizar a manufatura dos scaffolds a técnica de impressão 3D tem possibilitado singularizar suas estruturas tridimensionais propiciando a adesão e proliferação celular. Uma vez alçado o problema e evidenciado potenciais recursos, levanta-se a hipótese que os scaffolds de biosílica marinha manufaturados por impressão 3D exibem concomitantemente propriedades eficientes para o estímulo celular. Sendo assim, tem como objetivo comparar dois modelos de manufatura de scaffolds 3D de biosílica marinha e avaliar suas características físico-químicas e sua eficácia biológica em ensaios in vitro. Para as análises físico-químicas serão realizados testes de pH e perda de massa. Em seguida, Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia no infravermelho de Fourier (FTIR) e Espectroscopia por Energia Dispersiva (EDS), para analisar sua composição química e a superfície dos scaffolds. Ademais serão realizados ensaios in vitro com as linhagens MC3T3 (osteoblastos), L929 e HFF-1 (fibroblastos de murinos e humanos, respectivamente) para avaliação da adesão e proliferação celular, e posteriormente ensaio de viabilidade celular por meio do MTT. Para a avaliação dos resultados por análise estatística, será adotado a análise de variância ANOVA-Twoways, bem como o teste de POST-HOC Turkey, com diferença significante (p<0,05).