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Investigação geoquímica e geocronológica de enxames de diques gigantes associados a fragmentação do Gondwana Ocidental: elementos-chave para correlações geodinâmicas entre grandes províncias ígneas na América do Sul

Processo: 22/03365-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de novembro de 2022
Vigência (Término): 31 de outubro de 2024
Área do conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geologia
Pesquisador responsável:Valdecir de Assis Janasi
Beneficiário:Antomat Avelino de Macêdo Filho
Instituição Sede: Instituto de Geociências (IGC). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:19/22084-8 - A Província Magmática Paraná: petrogênese, cronologia e impacto ambiental do magmatismo toleítico, alcalino e silícico Cretáceo na Plataforma Brasileira, AP.TEM
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cretáceo Inferior | Gondwana Ocidental | Oceano Atlântico Sul | Toleítos continentais | Geoquímica, Geocronologia, Geodinâmica

Resumo

A abertura do Oceano Atlântico Sul, e consequente fragmentação do supercontinente Gondwana Ocidental desencadeada no Cretáceo Inferior, foi precedida por importante magmatismo toleítico (com menor volume associado de magmatismo silícico e alcalino), atualmente reconhecido desde o NE do Brasil/África ocidental (Nigéria) até as Malvinas/África do Sul. No SE da América do Sul e SW da África, derrames basálticos continentais e sistemas intrusivos constituem a Província Magmática Paraná-Etendeka (PMPE). No NE do Brasil, enxames de diques e complexos de soleiras compõem a Província Magmática Atlântico Equatorial (PMAE). O principal componente da PMAE é o enxame de diques do Rio Ceará-Mirim (RCM), um sistema de condutos arqueado com cerca de 1.000 km de comprimento, constituído predominantemente por toleítos de alto-Ti (TiO2 > 2 wt. %). Os dados aeromagnéticos disponíveis no Serviço Geológico do Brasil (CPRM) indicam que as anomalias dos diques RCM adentram o NW do Cráton do São Francisco, e de lá se propagam até as proximidades da cidade de Barreiras (BA). A partir daquele setor, as anomalias mudam de orientação e se propagam para SSE até a região do Espinhaço (MG), onde os diques toleíticos de alto-Ti datados do Cretáceo Inferior são denominados como enxame Transminas. Situação semelhante é observada entre os diques Riacho do Cordeiro da PMAE e Vitória-Colatina no norte da PMPE, ambos datados do Cretáceo Inferior, que hospedam exclusivamente toleítos de baixo-Ti, igualmente sugerindo continuidade através do Cráton do São Francisco nos produtos geofísicos. Todas essas observações sustentam que os enxames RCM e Transminas, bem como os enxames Riacho do Cordeiro e Vitória-Colatina, formam grandes sistemas de condutos de escala continental através do Craton São Francisco, constituindo, portanto, ligações físicas entre as duas grandes províncias ígneas do Cretáceo Inferior. Este projeto de Pós-Doutorado pretende investigar os enxames dos diques Transminas e Vitória-Colatina através da coleta de novos dados, combinando-os com os já disponíveis na literatura, para então estabelecer comparações robustas com os enxames Rio Ceará-Mirim e Riacho do Cordeiro, respectivamente, já bem caracterizados do ponto de vista geoquímico-isotópico e geocronológico. Caso se confirme a similaridade geoquímica-isotópica e temporal entre esses megaenxames de diques, poderá ser definida uma conexão entre as províncias Paraná-Etendeka e do Atlântico Equatorial, que juntas reuniriam os maiores sistemas de condutos e derrames basálticos continentais reconhecidos para o Mesozoico.

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