Padronização do enriquecimento viral em amostras de soro suíno para aplicação em metagenômica

Resumo

O desenvolvimento da agricultura e da pecuária próximo às áreas naturais proporciona um contato entre as populações humanas e de seus animais domésticos com as populações de animais silvestres nos seus habitat, facilitando a disseminação de agentes infecciosos e parasitários para novos hospedeiros e ambientes. Animais como os suínos domésticos, por exemplo, possuem grande potencial para atuarem como reservatório de doenças infecciosas emergentes e reemergentes, visto que podem carregar diversos tipos de zoonoses. Portanto, é de grande importância, no contexto de saúde única, a realização de ações de monitoramento em animais domésticos "sentinelas" para que as doenças infecciosas sejam detectadas precocemente, evitando o surgimento e propagação de doenças zoonóticas de alto risco para a população, como o COVID-19. Nesse contexto, a metagenômica se torna uma ferramenta de triagem para a identificação independente de alvo de patógenos virais, monitoramento da saúde pública e descoberta de genomas vírus. Entretanto, há baixa concentração relativa de ácido nucleico viral nas amostras em comparação com genomas não virais como de bactérias ou das células hospedeiras, por exemplo. Isso pode impossibilitar a detecção durante as etapas de sequenciamento, tornando este um fator limitante da técnica. Portanto, visando a vigilância ativa de animais sentinelas no Paraná por meio de metagenômica viral, será realizada a padronização metodológica de enriquecimento viral de amostras de soro de suínos de subsistência coletadas em 200 municípios do estado.(AU)