Experimentos em produção artística com impressão 3D

Resumo

Este é o plano de trabalho "Experimentos em produção artística com impressão 3D", da proposta que está sendo submetida à FAPESP, por esta pesquisadora. Ele será realizado na Universidade de Sevilha, em 2022 e está vinculado a um projeto geral de pesquisa, já em desenvolvimento, apoiado pela bolsa de Produtividade e Pesquisa do CNPq, cujo título é "Imprimindo arte em 3D com bioplástico".O projeto geral é centrado no tema Arte e Sustentabilidade, enfocando aplicações do plástico nas obras artísticas no qual estuda-se tipos de materiais que podem ser utilizados na produção de esculturas e instalações interativas, entre outros tipos de produção poética, impressas em sua totalidade ou parcialmente em 3D, buscando-se comprovar que há formas de imprimir em plástico com o mínimo de comprometimento para o meio-ambiente. Ao mesmo tempo, se quer demonstrar que há muitas dificuldades para que o artista, que atua com o uso de tecnologias computacionais, possa afastar-se, a curto prazo, do uso de produtos de origem industrial danosa para a Natureza. Na fase atual desta investigação, a impressão é com o termoplástico PLA (Ácido Poliláctico), que é feito à base de plantas, é biodegradável, biocompatível e totalmente reciclável, estando na categoria dos bioplásticos. A partir de setembro de 2022, será iniciada outra fase, incluindo impressão 3D com certos tipos de resina, a base de água e vindas de plantas. Elas são tratadas como menos agressivas com relação as mais antigas no mercado. Será buscada a comparação entre as mesmas. Esta parte será realizada durante seis meses na Universidade de Sevilha, onde se desenvolverá experimentos artísticos em produção individual e colaborativa com a anfitriã, Dra. Yolanda Spínola Elías. Estes experimentos incluirão vestíveis automatizados (wearable computing), linha de interesse que a mesma utiliza e na qual aplica inteligência artificial e também sobre a qual, já existe colaboração entre esta proponente e a Universidade Mauá (SP), através da artista pesquisadora Agda Carvalho. Nesse momento, conforme consta no projeto geral de pesquisa, serão usados outros materiais que, apesar de ainda serem lentos ou complexos para o processo de degradação no ambiente, já estão sendo produzidos com industrialização mais sustentável, como alguns tipos de silicone e de acrílico. Embora o objetivo do projeto de longo prazo seja o desenvolvimento das séries "Viridium", também desta proponente, que envolve esculturas e instalações interativas semiautônomas, a instância referente a este plano de trabalho para Sevilha é experimental sobre materiais, processos de impressão 3D e modelos de interação com o percebedor/usuário das obras, não restringindo-se, pois, sobre a criação de "Viridium". A fundamentação deste estágio de pesquisa envolve Biomimética, Computação Natural e Ecologia. Para o desenvolvimento tecnológico aplica-se o uso de software livre e tecnologia aberta ou customizável. (AU)