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Africanas e crioulas no Sudeste cafeeiro: maternidade, escravidão e cotidiano (Campinas, século XIX)

Processo: 21/10931-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de janeiro de 2022
Vigência (Término): 03 de outubro de 2025
Área do conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Robert Wayne Andrew Slenes
Beneficiário:Lorena Féres da Silva Telles
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Escravidão   Poder familiar   Mulheres negras   Campinas (SP)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Diáspora africana | Escravidão | Gênero | maternidade | Mulheres negras | Mundo Atlântico | Gênero, diáspora africana e escravidão atlântica

Resumo

O objetivo desta pesquisa é investigar as experiências, visões de mundo e práticas de maternidade de mulheres africanas e descendentes escravizadas, envolvendo gestações, partos, amamentação e criação de bebês e crianças pequenas, nas médias e grandes propriedades cafeeiras em Campinas, no Oeste Paulista, durante o século XIX. O projeto buscará examinar, nas fontes e na historiografia, questões relacionadas à maternidade e às políticas senhoriais de incentivo aos nascimentos - como a adoção de períodos de resguardo puerperal, de afastamento dos trabalhos penosos entre gestantes e de oportunidades de amamentação para bebês e mulheres nutrizes -, no contexto das pressões pelo fim do tráfico transatlântico no período da expansão cafeeira na década de 1830, no cenário posterior a seu fim definitivo em 1850, quando a continuidade do regime passou a depender exclusivamente da escravidão crioula, alcançando as décadas finais do século com a promulgação da Lei do Ventre Livre e a concentração de escravizados nas grandes propriedades do Sudeste no período de desmonte do regime. Valendo-se do aporte da literatura sobre maternidade nas sociedades escravistas nas Américas e no Caribe, pretende-se investigar, neste projeto, as circunstâncias específicas com respeito ao cotidiano da gravidez, das formas de assistência aos partos, do tempo de resguardo no puerpério e das práticas de amamentação e desmame entre mulheres africanas e descendentes nas propriedades cafeeiras de Campinas nos diferentes cenários ao longo do século. Impactadas pelos interesses ou pela negligência dos senhores com relação à sobrevivência de suas filhas e filhos, bem como pelas políticas senhoriais que combinavam exploração do trabalho feminino durante a gravidez e o período de aleitamento, a questão central que anima o projeto refere-se às estratégias cotidianas, sociabilidades mobilizadas e formas de enfrentamento de mulheres africanas e descendentes diante das dificuldades e restrições impostas por senhores e prepostos à maternidade. (AU)

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