Análise da produtividade primária do Oceano Antártico durante o aquecimento do Mioceno médio a partir de dados geoquímicos

Resumo

O estudo dos efeitos das mudanças climáticas na Terra tem sido um dos temas mais discutidos na ciência hoje, percorrendo diversas áreas do conhecimento. A paleoceanografia, por sua vez, pode nos fornece informações importantes para prever e modelar potenciais análogos de aquecimento no futuro. O Oceano Antártico representa 40% da captura do CO2 antropogênico pelo oceano, sendo uma área chave para estudo do aquecimento global. Aqui propomos investigar mudanças paleocenográficas durante o aquecimento do Mioceno Médio no Oceano Antártico a respeito da produtividade primária da região. Para isso, serão analisados dados geoquímicos de testemunhos marinhos coletados durante a expedição 369 do IODP (Programa Internacional de Descobrimento do Oceano), em latitudes subpolares (60°-62°S) do Oceano Índico a 3838,2 m de profundidade de água. O sítio U1514 explorado durante a expedição, estava localizado na Zona Subantártica durante o início do Mioceno. Assim, amostras de sedimentos desse ponto serão submetidas às técnicas de microanálise; Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia por Energia Dispersiva (EDS) e Espectrometria de Massa com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-MS), a fim de obter concentrações de bário e composição isotópica de Si30 para caracterização da produtividade marinha do Oceano Antártico durante o aquecimento do Mioceno Médio.(AU)