Caracterização morfofuncional de veias safenas magnas descelularizadas como arcabouço para engenharia de tecidos

Resumo

É bem estabelecido que, como forma de tratamento para a doença arterial obstrutiva periférica em situação de isquemia crítica, os pacientes podem ser submetidos a técnicas endovasculares e/ou cirurgia com bypass. Em cirurgias convencionais, um substituto vascular ideal seria um vaso sanguíneo com as mesmas características da artéria que se deseja substituir, no entanto, nem sempre essa terapia pode ser empregada para todos os doentes e a alternativa de tratamento acaba sendo o uso de materiais sintéticos cuja potência é menor. A engenharia de tecidos surge como uma proposta promissora como alternativa de fornecimento de tecidos e órgãos personalizados, visando produzir enxertos biocompatíveis para substituir órgãos ou tecidos danificados ou não funcionais. Objetivo: realizar a descelularização de veias safenas humanas para produção de um arcabouço 3D para futuro uso em engenharia de tecidos em vasos sanguíneos, comparando-se veias safenas suficientes e insuficientes quanto ao processo de descelularização. Metodologia: será realizada caracterização morfofuncional de veias safenas magnas descelularizadas, através do teste de dois agentes descelularizantes (SDS e DS) em duas concentrações (2% e 3%) mantidas por 1 e 2 horas em agitação contínua. Serão utilizadas veias safenas magnas humanas suficientes provenientes de 7 indivíduos submetidos a procedimentos cirúrgicos para confecção de pontes/bypass com veias safenas magnas suficiente e que tenham um segmento residual não utilizado (in natura), além de veias safenas magnas insuficientes de 8 indivíduos submetidos à remoção cirúrgica para o tratamento de insuficiência venosa crônica. Os arcabouços serão comparativamente analisados quanto ao melhor processo de descelularização por análise histológica da matriz extracelular. Resultados: espera-se que possamos obter informações suficientes para escolher o melhor método de descelularização de veias safenas magnas suficientes e insuficientes para uso em engenharia de tecidos de vasos sanguíneos. (AU)