Uso de Drosophila melanogaster como modelo de modulação molecular para estudo da autofagia in vivo e suas relações com o metabolismo mitocondrial

Resumo

Drosophila melanogaster tem sido um dos mais utilizados organismos-modelo para o estudo in vivo dos processos autofágicos pois apresentam as glândulas salivares como órgão-modelo de autofagia. Essas moscas possibilitam o uso ferramentas para modulação gênica controlada (knockout, knockdown, overexpression) de componentes celulares envolvidos no processo autofágico em diversos órgãos, e podem ainda portar marcadores fluorescentes para proteínas chave da autofagia (p.ex. mCherry-LC3 na musculatura) em conjunto com marcadores mitocondriais (mito-GFP) entre outros. A aplicabilidade deste modelo é de que as proteínas responsáveis pela formação e manutenção do autofagossomo são conservadas. Utilizando-se do sistema UAS-Gal4 é possível direcionar e controlar a expressão de componentes autofágicos ou genes de interesse em tecidos específicos de Drosophila melanogaster. As Drosophilas podem ainda ser submetidas à diferentes condições metabólicas como dietas e exercício físico. Por fim, embora sejam bem descritas as principais proteínas envolvidas na autofagia em Drosophila melanogaster, a utilização deste modelo possibilita também o rápido screnning de novos alvos ou vias que possam interferir no mecanismo autofágico. Dessa forma, como o objetivo geral do projeto temático é investigar os mecanismos pelos quais diferentes situações metabólicas, via SNS, controlam o processo de autofagia, o objetivo deste sub-projeto vinculado é fornecer ferramentas de modulação molecular para o estudo da autofagia in vivo, fornecendo resultados adicionais aos outros sub-projetos, e adicionalmente analisando o metabolismo mitocondrial nesses processos. (AU)