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Análise da variabilidade ontogenética e sazonal do veneno da serpente Bothrops jararacussu (Serpentes: Viperidae; Lacerda 1884)

Processo: 21/08176-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Vigência (Início): 01 de fevereiro de 2022
Vigência (Término): 31 de julho de 2022
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia Comparada
Pesquisador responsável:Anita Mitico Tanaka-Azevedo
Beneficiário:Weslei da Silva Aguiar
Supervisor: Juan Calvete
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Local de pesquisa: Instituto de Biomedicina de Valencia (IBV), Espanha  
Vinculado à bolsa:18/20651-0 - Análise da variabilidade ontogenética e sazonal do veneno da serpente Bothrops jararacussu (Serpentes: Viperidae; Lacerda 1884), BP.DR
Assunto(s):Fisiologia animal   Ontogenia   Biotecnologia   Proteômica   Jararacuçu   Serpentes
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:B | biotecnologia | jararacussu | Ontogenia | proteômica | Variabilidade | venômica | Fisiologia de serpentes

Resumo

Os venenos de serpente são um dos mais complexos venenos conhecidos e são umas das toxinas animais estudadas desde o século passado até os dias atuais. Os venenos representam uma inovação crítica na evolução das serpentes que permitiu a transição da captura de presas de um método mecânico para químico, e esta inovação desempenhou um papel importante na diversificação e evolução desses animais. Em relação aos estudos com venenos de serpente, inúmeros trabalhos com vários indivíduos do gênero botrópico com foco em sua ontogenia são encontrados. Ao usar o banco de dados PUBMED, nenhum resultado para estudos relacionados à ontogenia de Bothrops jararacussu são exibidos. Este fato nos levou a desenvolver um maior interesse por esta espécie, que por ter sido pouco explorada até o momento, pode gerar interessantes resultados para pesquisas nas áreas médica, ecológica e biotecnológica. Que a composição e função dos venenos variam entre jovens e adultos, em muitas espécies de serpentes, já é um fato bem estabelecido. No entanto, essas mudanças são diferentes para cada espécie. Dentre as serpentes do gênero, a B. jararacussu foi previamente descrita como a espécie com maior atividade miotóxica. Uma peculiaridade também foi observada em seu veneno: uma baixa taxa de imunogenicidade. Além disso, sua atividade não é neutralizada de forma eficiente pelo soro antibotrópico específico. Anteriormente, Vital Brazil havia demonstrado que a atividade letal do veneno de B. jararacussu é, quando comparada a outros venenos botrópicos, melhor neutralizada pelo uso do soro anticrotálico. Apesar de tantas peculiaridades na composição de seu veneno, é estranho notar a falta de atenção que esta espécie tem recebido nos últimos anos de pesquisa. Com isso em mente, este estudo tem como objetivo realizar um estudo ontogenético da serpente B. jararacussu, nascidas de uma mesma ninhada na no Laboratório de Herpetologia do Instituto Butantan, acompanhando seu desenvolvimento até a idade adulta, além também da análise sazonal do veneno de indivíduos adultos já estabelecidos no plantel. Em nosso projeto principal, acompanhamos o desenvolvimento de, inicialmente, 18 recém-nascidos de uma ninhada de B. jararacussu e 10 indivíduos adultos. Durante o período de dois anos, extrações de veneno foram realizados trimestralmente a fim de monitorar as mudanças ontogenéticas dos indivíduos jovens e as possíveis mudanças sazonais nos adultos. Estas amostras foram parcialmente caracterizadas e fomos capazes de identificar dois perfis distintos nos venenos destes animais: jovens, com pouco PLA2 K-49 e mais proteases, e adultos com muito a mesma PLA2 miotóxica, mas menos proteases. Esses perfis começam a mudar por volta de 9 meses nos indivíduos do sexo masculino, enquanto os do sexo feminino começam a mostrar essas mudanças em torno 15 meses de idade. Os perfis HPLC e SDS-PAGE corroboram nossos achados. Os perfis de reconhecimento imunoenzimático também nos mostram resultados interessantes. Dr. Juan José Calvete, um pesquisador do Instituto de Biomedicina de Valência, Espanha, será o orientador deste projeto. Serão feitas as análises de espectrometria de massa das amostras de veneno coletadas nas fases inicial e final de todos os indivíduos, incluindo todas as amostras que são observadas alterações de composição por HPLC, análise SDS-PAGE seguida por MS/MS, de acordo com as metodologias já estabelecidas pelo pesquisador. (AU)

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