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Identificação de proteínas envolvidas na Retinopatia Falciforme em retinas de camundongos humanizados HbSS-Townes

Processo: 21/10159-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de outubro de 2021
Situação:Interrompido
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Mônica Barbosa de Melo
Beneficiário:Ana Carolina Lima Camargo
Instituição Sede: Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:19/18886-1 - Mecanismos fisiopatológicos e tratamento das anormalidades das células vermelhas do sangue, AP.TEM
Bolsa(s) vinculada(s):23/15233-2 - Análise de sequenciamento de RNA unicelular de retinopatia falciforme em retinas de camundongos humanizadosHbSS-Townes, BE.EP.PD
Assunto(s):Hematologia   Anemia falciforme   Retina   Hemoglobinas   Análise de sequência de RNA   Terapia genética   Modelos animais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:anemia falciforme | hemoglobina | retinopatia | RNA-seq | terapia genica | Hematologia

Resumo

As complicações oftalmológicas são frequentes nas doenças falciformes e incluem anormalidades na conjuntiva, Infartos Orbitários, Retinopatia e Hemorragia Retiniana. As alterações retinianas são as mais importantes para a morbidade ocular nas doenças falciformes, especialmente sua forma proliferativa, que se configura como maior causa de perda progressiva da visão nesses pacientes, levando ao comprometimento visual em 10 a 20% dos olhos afetados. Existe uma relação inversa entre a gravidade da doença sistêmica e a gravidade da Retinopatia Falciforme (RF) em homozigotos HbSS versus heterozigotos compostos HbSC. Pacientes com anemia falciforme têm mais complicações sistêmicas com eventos vaso-oclusivos múltiplos e dano orgânico secundário. Pacientes heterozigotos têm menos complicações sistêmicas, porém apresentam maior frequência e início precoce de neovascularização retiniana. A estimativa da prevalência da RF proliferativa é de 32,8% na doença da hemoglobina SC, 14% na S-beta talassemia e 2,6% na anemia falciforme1. A Retinopatia Falciforme Proliferativa (RFP) pode ocorrer em crianças, mas a faixa etária mais acometida pela doença é entre 15 e 29 anos1. Regressão espontânea da neovascularização tem sido relatada em 20 a 60% dos casos. A causa precisa da formação de neovasos nas doenças falciformes não está totalmente esclarecida, de tal modo que a Retinopatia nestes indivíduos oferece um instigante modelo de estudo, dada sua ligação com um genótipo sistemicamente mais brando, ²S²C, e a propriedade comum de regredir espontaneamente. Vários modelos murinos foram desenvolvidos para simular a doença falciforme humana a fim de entender os complexos mecanismos envolvidos em sua fisiopatologia. Para o estudo da Retinopatia Falciforme, no entanto, o modelo HbSS-Townes é o mais apropriado. Estudos completos de imagem in vivo, eletrorretinograma e avaliações postmortem demonstraram o desenvolvimento e a progressão de um fenótipo semelhante à Retinopatia humana nesses animais, que compreende hemorragia intraretiniana, tortuosidade venosa, anomalias pigmentares, aumento da inflamação e estresse oxidativo e déficits na função visual, tornando-o um modelo adequado para estudar mecanismos subjacentes e terapias para RF. Recentemente, nosso grupo realizou a análise de transcriptoma de Células Endoteliais Formadoras de Colônias (CEFC) isoladas a partir de sangue periférico de pacientes com genótipos SS e SC com e sem Retinopatia proliferativa. Os Genes Diferencialmente Expressos (DE) identificados nesse estudo desempenham importante papel no processo de vascularização e angiogênese na RFP e também indicam que diferentes vias podem estar envolvidas na etiologia desta complicação nas hemoglobinopatias SS e SC. Entre os genes DE no grupo SS com e sem Retinopatia destacam-se o NR5A-2- Nuclear Receptor Subfamily 5 Group A Member 2 (Cr1) e o HTR1D - 5-Hydroxytryptamine Receptor 1D (Cr1). Já no grupo SC com e sem Retinopatia destacam-se os genes ROBO1-Roundabout guidance receptor 1 (Cr3) e SLC38A5-solute carrier family 38, member 5 (CrX). Dadas as inerentes dificuldades de se obter a retina humana para a realização de ensaios experimentais, propomos a utilização do camundongo HbSS-Townes como modelo de estudo para a caracterização das proteínas codificadas pelos principais genes anteriormente identificados. Pretendemos no decorrer deste estudo analisar a expressão dos genes ROBO1, SLC38A5, NR5A2 e HTR1D na retina do camundongo HbSS-Townes por meio de reação em cadeia da polimerase em tempo real (qRT-PCR) e identificar as proteínas correspondentes por meio de imunohistoquímica e Western blot. Acreditamos que os resultados obtidos poderão contribuir para a melhor compreensão da fisiopatologia da RF assim como para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. (AU)

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