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A autobiografia em contrastes discursivos: memórias, discursos e diálogos

Processo: 21/07086-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Vigência (Início): 25 de setembro de 2021
Vigência (Término): 20 de setembro de 2022
Área do conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Lingüística
Pesquisador responsável:Sheila Vieira de Camargo Grillo
Beneficiário:Yuri Andrei Batista Santos
Supervisor: Patricia von Munchow
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Local de pesquisa: Université Paris Descartes - Paris 5, França  
Vinculado à bolsa:19/02188-3 - A autobiografia em contrastes discursivos: memórias, discursos e diálogos, BP.DR
Assunto(s):Autobiografias   Gêneros do discurso   Discurso   Metalinguagem   Memória autobiográfica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Análise comparativa de discursos | autobiografia | Culturas discursivas | Espaço biográfico | gêneros discursivos | teoria dialógica do discurso | Análise comparativa de discursos

Resumo

O presente projeto de pesquisa objetiva apresentar uma análise comparativa intercultural de discursos no gênero autobiografia considerando-o em relação à confluência de formas (auto) biográficas que compõem o horizonte contemporâneo do espaço biográfico (ARFUCH, 2010). Na esteira da metalinguística bakhtiniana, buscamos comparar construções discursivas produzidas em contextos linguísticos e extralinguísticos distintos, centrando assim nossa abordagem teórico-metodológica no diálogo entre estudos voltados para análise comparativa de discursos (GRILLO; GLUSHKOVA, 2016, GRILLO; HIGASHI, 2018, SANTOS et al, 2018) e os postulados de Bakhtin e seu Círculo. Em relação a estudos que se debruçam sobre a autobiografia e escritas de si, utilizamos, além de Arfuch (2009; 2010), as pesquisas de Gusdorf (1991), Calligaris (1997), Lejeune (2014) e Barros (2011; 2016). Destacamos o importante papel da memoria na narratividade autobiográfica a partir dos aportes de Bosi (1994), Torga (2006) e Sarlo (2007). O corpus é composto por obras autobiográficas de autores distintos em seus respectivos meios sócio-histórico-culturais que relatam suas vivências em contextos de repressão: unterwegs verloren. Erinnerungen (2008) e Die Autobiographie (2009) respectivamente dos austríacos Ruth Klüger e Thomas Bernhard; Eu ainda estou aqui (2015) e Em nome dos pais (2017) respectivamente dos brasileiros Marcelo Rubens Paiva e Matheus Leitão. Esperamos a partir do olhar comparativo investigar e melhor compreender como os discursos em torno desses contextos repressivos se aproximam ou se afastam a julgar pelas peculiaridades que regem as culturas discursivas em destaque, observando as relações dialógicas presentes na tessitura do gênero discursivo autobiografia. Não obstante, temos por intenção tangenciar e aprofundar questões de natureza teórico-conceitual envolvendo as relações entre as narrativas de si, memória, literatura e experiência. (AU)

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