Bolsa 21/03289-8 - Psicanálise, Literatura clássica - BV FAPESP
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A recepção de Antígona de Sófocles por Jacques Lacan: a tragédia grega e a ética do sujeito

Processo: 21/03289-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2021
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2022
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Clássicas
Pesquisador responsável:Daniel Rossi Nunes Lopes
Beneficiário:Luciane Delurdes Streit
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Psicanálise   Literatura clássica   Ética   Tragédia grega   Jacques Lacan   Estudo comparativo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antígona | Estudo de Clássicos | Estudos de Recepção | Ética | Psicanálise | tragédia grega | Estudos de Recepção

Resumo

Em seu Seminário 7, Jacques Lacan propõe-se a discutir a ética da psicanálise, apresentando como paradigma de sua ética, não um referencial filosófico, mas a tragédia Antígona, de Sófocles. Tal abordagem suscita a discussão sobre os motivos que levaram Lacan a escolher a tragédia e não a filosofia como referencial de sua ética. A proposta de nossa pesquisa pretende trabalhar o tema a partir da teoria dos estudos de recepção dos clássicos, tal como fundamentada por Martindale e Hardwick & Stay, uma vez que esta teoria nos permite analisar o texto em relação com seus contextos socioculturais e históricos, considerando suas leituras anteriores. Pelo estudo de comentadores helenistas que também fazem uma leitura psicanalítica de Antígona, pretendemos chegar à interpretação de Lacan. Uma das muitas riquezas apontadas no texto de Sófocles é a constante ambiguidade e jogos de opostos, que permitem múltiplas e complexas interpretações. Antígona já serviu de referencial para discussões sobre lei e justiça, sobre conflito entre religião e política, sobre o papel das mulheres na sociedade e na política, além de reflexões sobre a condição humana, entre outros. Nessa multiplicidade de discussões, pretendemos compreender como Lacan se apropria de Antígona, ligando-a a questões éticas do pensamento psicanalítico, pois para ele tanto a tragédia quanto a psicanálise enfocam problemas intratáveis do desejo humano. Diante disso, temos como objetivo apresentar uma monografia que, através do estudo da recepção de clássicos e de algumas leituras e interpretações de Antígona, nos possibilite um estudo do texto de Lacan sobre Antígona, desenvolvendo uma análise comparativa das especificidades de sua interpretação em relação ao que os helenistas já nos apresentaram. (AU)

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