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A trajetória da América Latina para alcançar o hidrogênio verde e as células de combustível

Processo: 21/06216-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de setembro de 2021
Vigência (Término): 31 de março de 2023
Área do conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:André Tosi Furtado
Beneficiário:Vanessa de Lima Avanci
Instituição Sede: Instituto de Geociências (IG). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:19/04300-5 - Inovação em sistemas: estratégia organizacional e governança de políticas de pesquisa e inovação, AP.SPEC
Assunto(s):Políticas de inovação   Inovação   Hidrogênio   Células de combustível   Tecnologia ambiental   Energia renovável   América Latina
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Catching-up | Environmental technologies | Hydrogen | Sustainable Energy | Innovation Policies and Strategies

Resumo

O hidrogênio é considerado a fonte de energia do futuro por sua capacidade de gerar uma ampla variedade de serviços de energia sem provocar danos ambientais em sua transformação. A produção de hidrogênio ocorre por meio da reforma ou eletrólise que pode ser realizada por outras fontes de energia. Quando essas fontes são renováveis como biomassa, energia solar fotovoltaica, eólica, hidroeletricidade, obtém-se hidrogênio verde, ou seja, energia limpa. A produção de hidrogênio a partir de fontes renováveis é vista como uma alternativa global para a descarbonização da produção de energia e das atividades econômicas (Iida e Sakata, 2019; IEA, 2019). Os países latino-americanos têm potencial para obter uma vantagem comparativa em projetos de produção de hidrogênio verde com base na disponibilidade local de fontes renováveis para a produção de energia, por exemplo, eólica e solar no Brasil e no Chile (IEA, 2019). O desenvolvimento da produção de hidrogênio verde nos países latino-americanos depende de tecnologias que baixem os custos de geração de energia e criem escala em projetos além do mercado de exportação. Em parte, isso requer uma cadeia de negócios no país, com a ajuda de políticas públicas de incentivo ao consumo interno. Na literatura de catching-up, o surgimento de novos setores (indústrias) é explicado por meio da atualização gradual das capacidades tecnológicas das firmas (Lee e Lim, 2001; Morrison et al., 2008). Duas perspectivas teóricas explicam esse processo de atualização tecnológica e estrutura industrial. No primeiro, catching-up refere-se ao desenvolvimento gradual de competências por meio de aprendizagem gradual apoiada por iniciativas governamentais e integração de empresas locais em redes de valor globais e redes de produção (Gereffi, 1999; Morrison et al., 2008; Yeung e Coe, 2015). A outra perspectiva teórica, a diversificação relacionada, explica que o desenvolvimento industrial é um processo que se dá a partir de pré-condições endógenas. A diversificação de uma região tende a ocorrer em indústrias com capacidades tecnológicas relacionadas em um processo incremental (Hidalgo et al., 2007; Martin e Sunley, 2006; Neffke et al., 2014). No entanto, ambas as perspectivas teóricas não explicam como o desenvolvimento de novos setores ocorre em contextos de adoção tardia, nos quais as capacidades anteriores das empresas retardatárias não estão relacionadas com a nova indústria instalada, como foi especificamente observado com as indústrias de tecnologia limpa na China. Brasil e Índia (Binz e Anadon, 2018). O caso dos painéis solares na China surgiu de um processo diferente dos estabelecidos na literatura de catching-up, pois resultou do acesso a um sistema de conhecimento e recursos específicos da indústria desenvolvido em outro lugar e agregando-o às competências locais das indústrias manufatureiras por meio de um processo de diversificação não relacionado (Binz e Anadon, 2018). Isso difere do processo de recuperação de outras indústrias de tecnologia limpa, por exemplo, a indústria eólica. A estratégia das empresas retardatárias na indústria de painéis solares consistia em desenvolver capacidades específicas em outros lugares (por meio de redes) e "ancorá-las" localmente por meio da capacidade de absorção genérica (estrutura educacional, científica e industrial local) (Binz e Anadon, 2018). Essas perspectivas teóricas complementam um arcabouço que será utilizado em nosso estudo do caso da indústria do hidrogênio e seu desenvolvimento integrado com energias renováveis em países retardatários da América Latina. Pretendemos identificar as particularidades desse processo de catching-up em cada país, a partir do papel das políticas públicas, da matriz energética e das capacidades tecnológicas locais. Além disso, analisaremos as relações de cooperação internacional em tecnologias relacionadas ao meio ambiente para entender o papel externo no desenvolvimento das capacidades tecnológicas locais. (AU)

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