A incorporação de polpa de juçara em nanoestruturas é uma alternativa eficaz para potencializar os efeitos biológicos das antocianinas?

Resumo

A polpa da juçara é proveniente da palmeira Euterpe edulis Mart., típica da Mata Atlântica e sua composição apresenta elevado teor de compostos fenólicos, como as antocianinas. As antocianinas são pigmentos naturais e conferem diversos efeitos biológicos benéficos à saúde, incluindo sua ação antioxidante, podendo assim, proporcionar a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Em contrapartida, essa classe de pigmentos naturais possui baixa estabilidade depois de extraída da matriz alimentar, além de baixa bioacessibilidade, e biodisponibilidade de forma que apenas uma porção do que é consumido é absorvida pelo organismo. Mesmo com resultados promissores, as pesquisas até o momento desenvolvidas ainda não são suficientes para garantir a máxima eficácia da ação biológica desse pigmento. Dentre as alternativas que podem potencializar a ação das antocianinas, se destaca a incorporação das mesmas em nanoestruturas. O presente projeto tem como objetivo verificar o efeito biológico das antocianinas da polpa de juçara, após sua incorporação em nanoestruturas, avaliando sua bioacessibilidade e biodisponibilidade utilizando células Caco-2. A bioacessibilidade será determinada após simulação in vitro e a quantificação das antocianinas antes e depois da sua incorporação em nanoestruturas será determinada utilizando sistema HPLC-PDA, ademais, será avaliada sua atividade antioxidante. Como resultados, se espera que a incorporação das antocianinas de juçara em nanoestruturas potencialize sua biodisponibilidade e capacidade antioxidante. (AU)