Relação entre queixa de deglutição e achados faríngeos em indivíduos com disfagia orofaríngea neurogênica

Resumo

A queixa em qualquer sintoma é fator determinante para que o rastreamento e diagnóstico sejam precoces. No entanto, a dificuldade de deglutição nem sempre é rastreada rapidamente em algumas doenças neurológicas e essa identificação pode estar relacionada ao grau de comprometimento da fisiopatologia em cada doença. Objetivo: este estudo tem por objetivo relacionar a queixa de dificuldade de deglutição com achados faríngeos em indivíduos com disfagia orofaríngea neurogênica de distintas etiologias. Método: Estudo clínico observacional. Será coletada do banco de dados e de casos novos, de um serviço especializado no diagnóstico e reabilitação de indivíduos com disfagia orofaríngea, a presença ou a ausência da queixa de deglutição percebida pelo indivíduo com risco de disfagia e os achados faríngeos por meio da nasoendoscopia da deglutição. Serão incluídos 120 indivíduos rastreados e em diagnóstico para disfagia orofaríngea, com etiologias neurológicas distintas, independente do gênero, idade ou tempo/estágio da doença. O grupo 1 será composto de 40 indivíduos com Acidente Vascular Encefálico (G1-AVE), o grupo 2 de 40 indivíduos com Doença de Parkinson (G2-DP) e o grupo 3 de 40 indivíduos com Esclerose Lateral Amiotrófica (G3-ELA). A presença ou a ausência da queixa de deglutição serão comparadas com os achados de escape oral posterior, resíduos faríngeos e penetração/aspiração laringotraqueal observados na videoendoscopia da deglutição (VED). Será realizado teste estatístico para comparação entre os grupos. (AU)