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Características clínicas, sorológicas e virológicas da infecção pelo sorotipo 2 do vírus da dengue (DENV-2) em uma coorte previamente exposta ao sorotipo 1

Processo: 20/08771-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Vigência (Início): 01 de julho de 2020
Vigência (Término): 30 de novembro de 2021
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Camila Malta Romano
Beneficiário:Cibele Odete Dantas Leal
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:19/03859-9 - Características clínicas, sorológicas e virológicas da infecção pelo sorotipo 2 do vírus da Dengue (DENV-2) em uma coorte previamente exposta ao sorotipo 1, AP.R
Assunto(s):Virologia   Genoma viral   Flavivirus   Arbovirus   Sorogrupo   Dengue   Estudos de coortes   Araraquara (SP)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Dengue | flavivírus | Infecção secundária | Virologia

Resumo

Quatro distintos sorotipos de dengue (DENV-1-4) são reconhecidos, e o Brasil é atualmente endêmico para os quatro. A infecção por um sorotipo produz imunidade duradoura contra uma reinfecção pelo mesmo sorotipo, mas a proteção cruzada é temporária e parcial, permitindo infecções sequenciais. Ocorre que infeções secundárias heterotípicas parecem de fato representar maior risco para sinais de alerta/gravidade. Esse risco ainda estaria condicionado, de acordo com alguns trabalhos, com os sorotipos responsáveis pelas infecções primaria e secundária. Embora existam estudos sobre a relação entre gravidade e sorotipos, não há ainda respostas definitivas. Atualmente, Araraquara (SP) experimenta uma grande epidemia de dengue causada fundamentalmente pelo sorotipo 2, sendo que nos últimos 9 anos teve o sorotipo 1 como majoritário. A partir do conceito de que pacientes com dengue secundária (ou pós secundária) têm maiores chances de um pior prognóstico; e de que há sorotipos com maior virulência que outros, pretendemos, com base em um estudo de coorte de analise longitudinal mensurar se indivíduos previamente infectados por DENV-1 que adquirirem DENV-2, de fato terão um prognóstico pior do que os indivíduos que contraírem infecção primária por DENV-2. Para responder essa questão, será feito o acompanhamento de uma coorte já existente, com cerca de 3500 indivíduos entre 02-16 anos, acompanhados durante os últimos 4 anos no município de Araraquara com dados específicos sobre status sorológico inicial (2014), soroconversão, casos de infecção por dengue confirmados por métodos sorológico e molecular (com sorotipagem), sintomatologia dos infectados e desfecho clínico. Com base nessa coorte, teremos 4 diferentes cenários possíveis: Casos de -DENV-1 primários; DENV-1 secundários; DENV-2 primários; e DENV-2 secundários a DENV-1. É importante ressaltar que o maior desafio deste estudo seria a estruturação e montagem da coorte, e isso já está feito e se encontra funcional graças a um projeto em colaboração com o SESA iniciado em 2014. Amostras de indivíduos da coorte serão coletadas mediante suspeita de dengue e enviadas para nosso grupo imediatamente. Ao darem entrada no Laboratório, as amostras serão submetidas a testes moleculares para DENV, de antígenos (NS1), posterior tipagem, e sorologia. A determinação de dengue primária ou secundária será feita através de dados registrados e confirmação por teste de avidez. Casos novos também poderão ser incluídos, respeitando-se a faixa etária da coorte, atualmente com no máximo 19 anos. Testes de PRNT para os 4 sorotipos de dengue serão incluídos para todos os casos não primários. PRNT anti zika também será realizado para a verificação de possíveis cruzamentos entre IgG em testes anti-denv comerciais, e também para a avaliação do impacto de infecção passada pelo vírus zika (e presença de enticorpos anti-zika) em infecção atual por dengue. Ao final do estudo, pretende-se ter um panorama de número de casos; casos estes classificados como primários e secundários; informações sobre desfecho clínico e parâmetros sorológicos e virológicos analisados de forma comparativa sempre em relação a infecção e ao sorotipo (1o ou 2ario e se DENV-1, ou DENV-2). Os genomas dos vírus serão sequenciados em busca de possíveis assinaturas relacionadas ao prognóstico. Por fim, com o objetivo de manter vigilância para a entrada de demais arbovírus, os casos que se mostrarem negativos para dengue serão submetidos a análise para outros arbovírus previamente estabelecidos e por fim, se necessário, metagenômica viral.

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