Proteínas de fase aguda frente ao desafio com Mycoplasma hyopneumoniae em leitões com diferentes protocolos de imunização contra Pneumonia Enzoótica Suína

Resumo

O Mycoplasma hyopneumoniae (M. hyopneumoniae), principal agente etiológico da Pneumonia Enzoótica Suína, é um micro-organismo amplamente difundido na suinocultura mundial cuja prevenção é de grande interesse para o sistema produtivo, já que sua colonização no tecido pulmonar leva a intensas perdas produtivas. Apesar dos efeitos benéficos, a proteção induzida com as atuais vacinas comerciais injetáveis contra o M. hyopneumoniae é frequentemente incompleta e não impede a colonização nas células epiteliais, apenas proteção parcial. Uma vacina de administração oral contra M. hyopneumoniae capaz de estimular o sistema imune associado a mucosa intestinal tem sido desenvolvido e seu uso testado em ambiente laboratorial em animais inoculados experimentalmente, buscando incrementar a resposta imune da mucosa respiratória e avaliar os efeitos sobre os impactos causados pela doença. As eficácias das vacinas podem ser avaliadas por meio das respostas de proteínas de fase aguda (PFAs), à partir do monitoramento da resposta a uma infecção experimental, em que, em geral, os níveis de PFAs tendem a ser menores com a maior eficácia da vacina. Sendo assim, o objetivo deste estudo é comparar as respostas de um amplo painel de PFAs frente ao desafio de leitões previamente imunizados contra os patógenos em diferentes protocolos vacinais. Para isto, 30 leitões desmamados (21 dias) serão alocados em cinco grupos (n=6), sendo o Grupo 1 (G1) composto por leitões que receberão uma dose da vacina comercial aos 24 dias de vida (D0); o Grupo 2 (G2) composto por leitões que receberão uma dose da vacina oral aos 24 dias de vida; o Grupo 3 (G3) contendo leitões que receberão uma dose da vacina comercial aos 24 dias, e uma dose da vacinal oral aos 55 dias de vida (D28); o Grupo 4 (G4) será composto por leitões que receberão duas doses da vacina oral, uma aos 24 e outra aos 55 dias de vida; e o Grupo 5 (G5) será o grupo controle e não receberá nenhum tipo de imunização. No D0, serão colhidos sangue total para avaliação hematológica e sangue para obtenção de soro, para determinação do painel de proteínas neste momento. Após o processo de imunização dos animais, todos os leitões serão desafiados com M. hyopneumoniae (cepa 232) aos 70 dias (D49) de vida. Tanto no dia seguinte ao desafio quanto sete dias após, serão novamente colhidas amostras de sangue total e soro para avaliação hematológica e determinação do painel de proteínas. A normalidade das variáveis será verificada pelo teste de Shapiro-Wilkins. Caso haja normalidade, serão aplicados a análise de variância (ANOVA), o teste T simples e teste T pareado para a comparação entre os grupos nos diferentes momentos. Caso não haja normalidade, serão utilizados testes não-paramétricos (Wilcoxon). Visando avaliar a presença de correlação entre as variáveis, serão realizados os testes de correlação de Pearson ou de Spearman e a análise de regressão linear.