Bolsa 19/05144-7 - Oswald de Andrade, Cultura brasileira - BV FAPESP
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Diálogos com Oswald de Andrade: "Encontros Antropófagos"

Processo: 19/05144-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2019
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2023
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras
Pesquisador responsável:Carlos Alberto Vogt
Beneficiário:Ana Beatriz Sampaio Soares de Azevedo
Instituição Sede: Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (NUDECRI). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):21/08025-9 - Antropofagias transnacionais, BE.EP.PD
Assunto(s):Oswald de Andrade   Cultura brasileira   Antropofagia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antropofagia | cultura brasileira | entrevistas | oswald de andrade | Semana de Arte Moderna | Literatura, Artes e Comunicação

Resumo

Este projeto dá continuidade às pesquisas já realizadas com bolsas da FAPESP desde a Iniciação Científica até o Doutorado. Após mapeamentos e seleção de documentos, pretendo avançar agora no Pós-Doutorado refletindo sobre a atualidade do conceito da Antropofagia, em meio à aproximação dos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922. Resultados parciais do Doutorado, defendido recentemente, encontram-se no livro Antropofagia Palimpsesto Selvagem , lançado pela editora Cosac Naify e aprovado pela FAPESP na linha de Apoio à Publicação. O projeto de Pós-Doutorado pretende desenvolver, aprimorar e publicar os resultados completos obtidos na pesquisa, a partir de uma perspectiva multidisciplinar. O tema da antropofagia percorre desde os relatos dos primeiros viajantes sobre rituais ameríndios no século XVI, passa por estudos sobre a guerra Tupinambá por Florestan Fernandes e sobre canibalismo por antropólogos como Manuela Carneiro da Cunha e Eduardo Viveiros de Castro , e se espraia pelos campos da literatura e das artes. Figura central da Semana de 22, Oswald de Andrade foi o criador do Manifesto Antropófago (1928) e da Revista de Antropofagia (1928/29), marcos da literatura e do jornalismo no período modernista. Através da visão de Oswald sobre a colonização, a antropofagia torna-se metáfora cultural da "revolução caraíba" que pretende inverter o vetor colonial. Na década de 60 do século XX, a antropofagia Oswaldiana foi retomada pela Tropicália, pelo Cinema Novo, por Hélio Oiticica, pelo Teatro Oficina, e outros, tornando-se uma das matrizes de reflexão sobre a cultura brasileira. Partindo deste percurso histórico, coloca-se a pergunta central do projeto: qual é a potência atual do conceito de Antropofagia? O trabalho será realizado em duas frentes complementares: uma, a partir de pesquisas no Acervo Oswald de Andrade no CEDAE da UNICAMP, focadas nas entrevistas e diálogos do escritor paulista com seus interlocutores entre as décadas de 1910 e 1950; outra, desenvolve-se através de entrevistas com intelectuais e artistas contemporâneos sobre antropofagia e a contribuição de Oswald, já no século XXI. Entre os resultados esperados está a organização de volumes inéditos contendo entrevistas de Oswald e suas colaborações na imprensa, e os "Encontros Antropófagos", entrevistas realizadas durante o período da pesquisa, com Antonio Cândido, Marília de Andrade, Zé Celso Martinez Correa e outros. Articulando literatura, artes, comunicação e divulgação cultural, este projeto resultará ainda na publicação de um ensaio em livro com colaborações de intelectuais de diversos países, a convite da Universidade de Zurique. (AU)

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