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Demolições e Viadutos: levantamento de fontes oficiais, da imprensa e iconográficas como suporte à História do Perímetro de Irradiação e sua passagem por sobre os ribeirões Saracura e Itororó (1937-1945)

Processo: 19/06749-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Vigência (Início): 01 de maio de 2019
Vigência (Término): 30 de abril de 2020
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo - Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
Pesquisador responsável:Fernando Atique
Beneficiário:Georgia de Proença dos Santos
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:18/15939-4 - Pauliceia Esfacelada: uma investigação sobre o processo de demolição de espaços na área central de São Paulo e suas representações midiáticas, AP.R
Assunto(s):História urbana   São Paulo   Viadutos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Demolições | Plano de Avenidas | Prestes Maia | São Paulo | Viadutos | História urbana

Resumo

A implantação do Perímetro de Irradiação, concepção integrante do Plano de Avenidas elaborado por Ulhôa Cintra e Prestes Maia, em 1924, e colocado em execução a partir do final dos anos 1938, desenhou, na cidade de São Paulo, um eixo de alterações espaciais e viárias dentro de um projeto de remodelação urbana que trazia, em seu bojo, substituições, deslocamentos e desaparecimentos materiais, funcionais e também simbólicos nos domínios da disputada área central. Entre os espaços que se reconfiguraram, contando com desmaterializações significativas, figura a antiga área situada nos vales dos ribeirões Saracura e Itororó, que seriam aproveitadas por Prestes Maia para a construção das Avenidas Nove de Julho - Iniciada ainda no governo de Pires do Rio (1926-1930), mas tocada como peça fundamental da gestão de Fábio Prado (1934-1938) - e terminada por ele (1938-1945). Com o Perímetro de Irradiação, em sua última versão, processou-se uma modificação no arco sudoeste da avenida. Especificamente, na ligação da Praça da República à Área da Praça da Sé. Prestes Maia abandonou o traçado que havia sugerido no Plano de Avenidas, publicado em 1930, que passaria em bissetriz pela quadra onde se construiu o Edifício Esther (inaugurado em 1939) e incorporou a Avenida São Luiz no trajeto. Isso forçou a criação de viadutos: um sobre o Ribeirão Saracura (naquela altura já tamponado e convertido em Avenida Nove de Julho) batizado de Viaduto Nove de Julho, e Itororó, que recebeu o nome de Maria Paula. Este trecho aéreo, conectou-se com a área de dois "bairros" da cidade, Bixiga, nas imediações da Rua Santo Antônio e Brigadeiro Luiz Antônio, e Liberdade, nas barrancas do Itororó. Um terceiro Viaduto foi construído, chamado de Jacareí, permitindo, assim, que, nos planos originais de Prestes Maia, o Palácio do Governo ali se instalasse. Desta maneira, o trecho sudoeste do Perímetro de Irradiação constituiu-se numa grande via anelar, que corre em cota única, por sobre três viadutos, e que reconfigurou dois bairros da cidade. Em Melhoramentos de São Paulo, Prestes Maia fala abertamente que suas obras naquele trecho modificaram a face do Bixiga, julgada por ele como degradada. Importa-nos entender, então, como documentalmente esta escolha se deu: quais foram os custos de criação destes 3 viadutos, as repercussões sociais da demolição de trechos de quadras no Bixiga e na área da Liberdade, bem como é possível entender o traçado viário prévio à passagem do Perímetro de Irradiação ali.A Bolsa TT-1, assim, fará um levantamento de documentação arquivada no Arquivo Histórico Municipal, no Arquivo da Câmara Municipal, da Assembleia Legislativa do Estado e no Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo em busca de fontes documentais oficiais, em especial decretos, missivas e peças gráficas. Na Hemeroteca Digital, o bolsista TT-1 procurará por jornais, em especial o Correio Paulistano, o Estado de S. Paulo e os do Grupo Folha, do período (1937 a 1945), tentando recuperar notícias e artigos alusivos às tensões que tais escolhas para a obra porventura causaram. Igualmente, por meio da busca na Brasilianas Fotográfica, on line, e de acervos como a Casa da Imagem e do Instituto Moreira Sales, o bolsista deverá buscar imagens que nos auxiliem na tarefa de recompor espacialmente a área, como exposto no Projeto.

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