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'O QUE EU AINDA QUERO É QUE TODOS OUÇAM' Os textos teatrais de Elfriede Jelinek como 'tragédias da representação'

Processo: 18/24775-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Vigência (Início): 02 de abril de 2019
Vigência (Término): 01 de abril de 2020
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia
Pesquisador responsável:Celso Fernando Favaretto
Beneficiário:Artur Sartori Kon
Supervisor: Christoph Rudolf Everhard Menke
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Local de pesquisa: Goethe University Frankfurt, Alemanha  
Vinculado à bolsa:17/04905-9 - Em busca de um teatro raso: a dramaturgia de superfícies de Elfriede Jelinek, BP.DR
Assunto(s):Teatro contemporâneo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Elfriede Jelinek | Estética e política | Estética teatral | Filosofia e tragédia | Teatro Contemporâneo | Estética Teatral

Resumo

Como parte de nossa pesquisa de doutorado, intitulada "Em busca de um teatro raso: o teatro de superfícies de Elfriede Jelinek", na qual estudamos os textos escritos por essa autora para o palco, este projeto de estágio na Universidade Goethe de Frankfurt visa investigar a representação ficcional do teatro e da escrita dramatúrgica como aspecto fundamental dos trabalhos da escritora austríaca. Através de análises de três de suas peças - Sem luz (Kein Licht), Rechnitz: O Anjo Exterminador (Rechnitz: Der Würgeengel) e Peça Esporte (Ein Sportstück) - e o estudo das mais importantes teorias do teatro trágico contemporâneo, com especial interesse na ideia de Christoph Menke de uma "tragédia da representação" pós-vanguardista, pretendemos revelar o caráter metateatral da dramaturgia de Jelinek de modo a inferir uma estética dramática e teatral. Todas as três obras tratam de eventos históricos catastróficos e temas políticos sérios, respectivamente: o recente acidente nuclear em Fukushima, o massacre antissemita no município austríaco de Rechnitz em março de 1945 e o potencial fascista das multidões violentas no esporte. Quando tratados no palco, esses temas sublinham a incapacidade do teatro de atuar sobre o mundo real, seja através da criação de uma atmosfera beckettiana, através do uso da personagem do 'Mensageiro' da tragédia grega antiga ou através de coros trágicos que antagonizam com a própria autora, que aparece em cena como "Elektra" em Peça Esporte. A presença nesses textos de um humor profundamente sarcástico e autodepreciativo sugere que essa tragédia pode ser inseparável do pensamento contemporâneo e da prática da comédia. Finalmente, pretendemos explorar como a impotência e o ceticismo trágicos podem ser empregados por Jelinek como estratégia política e estética, a fim de alcançar seus objetivos poéticos e a potência total de sua obra.

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