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O café e a cidade: a Câmara Municipal e o processo de urbanização de Pindamonhangaba, 1840-1880

Processo: 18/21759-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de janeiro de 2019
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2020
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo - Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
Pesquisador responsável:Maria Luiza Ferreira de Oliveira
Beneficiário:Brenda Laisa Morais
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Assunto(s):História   Urbanização   Relações de trabalho   Administração
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Administração | Câmara Municipal | Relações de Trabalho | Urbanização | História

Resumo

Esta pesquisa pretende esclarecer um tema ainda pouco mapeado pela historiografia, a história dos núcleos urbanos do Vale do Paraíba durante o apogeu do café no século XIX. Faremos isso através do estudo de Pindamonhangaba, cidade que sofreu marcante transformação no período com investimentos significativos de capital no tecido urbano a partir de 1840. Queremos historiar esse processo para poder comparar com outras cidades da região, dimensionando especificidades e traços comuns (tanto do ponto de vista da arquitetura como das formas de produção do espaço urbano edificado). A riqueza do café foi fundamental para a consolidação de um projeto urbanístico promovido pelas elites que visava cingir a paisagem com construções em conformidade com os estilos arquitetônicos trazidos pelos mestres de obras estrangeiros. Atuando no núcleo urbano estava a Câmara Municipal, dirigindo obras, fiscalizando, fazendo leis. Além das obras públicas, havia os suntuosos palacetes e os novos sobrados e interessa-nos entender em que medida já divulgavam novos modos de morar e de construir. Diante disso, a presente pesquisa tem como objetivo entender como a Câmara Municipal de Pindamonhangaba mediou a transformação do espaço público dentre os anos de 1840, com a construção do cemitério público, até 1880, quando chegou a ferrovia. A maioria dos estudos das cidades no Brasil privilegia o final do XIX, tendo a ferrovia como recorte inicial. Nós pretendemos contribuir com o debate sobre a urbanização no Brasil império, entendendo como foi esse processo no Vale do Paraíba antes da chegada da ferrovia. A Câmara Municipal, composta principalmente por fazendeiros e profissionais liberais, exerceu importante função, como o levantamento de verbas, fiscalização e contratação de mão de obra para empreendimentos que visavam a remodelação do espaço público da cidade. Diferentes grupos foram fundamentais para a construção do espaço urbano, escravos, arquitetos, trabalhadores não especializados. Ricos fazendeiros decidiram investir suas fortunas em Pindamonhangaba e não em São Paulo ou no Rio de Janeiro, como a maioria fazia. Interessava um projeto de poder simbólico local que acreditamos vale a pena ser esmiuçado. (AU)

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