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Expressão do complexo principal de histocompatibilidade de classe I (MHC-I/HLA) e de seu receptor LilrB2 em tecido cerebral e culturas primárias de astrócitos humanos

Processo: 17/03619-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de agosto de 2018
Vigência (Término): 31 de outubro de 2021
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Morfologia - Citologia e Biologia Celular
Pesquisador responsável:Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira
Beneficiário:Raffaela Silvestre Ignarro
Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Neurociências   Genes classe I do complexo de histocompatibilidade (MHC)   Astrócitos   Receptores imunológicos   Interferon beta   Tecido nervoso   Neurônios
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:astrócitos | complexo principal de histocompatibilidade de classe I | Gfap | Interferon-beta | Neurociências

Resumo

O complexo principal de histocompatibilidade de classe I (MHCI), além de seu papel clássico no sistema imune, também está envolvido na neuroplasticidade e resposta do tecido nervoso à lesão. De fato, foi demonstrado que o refinamento de conexões neurais entre a retina e o núcleo geniculado lateral do tálamo é prejudicado em camundongos com expressão deficiente de MHC. Neste contexto, sinapses em excesso impedem o processamento primário da informação visual. Por sua vez, em nosso laboratório demonstramos maior perda de sinapses na intumescência lombar da medula espinhal após axotomia do nervo isquiático de camundongos adultos que não expressam MHCI. Tal perda ocorreu, predominantemente, em sinapses inibitórias e resultou em regeneração axonal deficitária. Assim, acreditamos que a expressão de MHCI promova plasticidade em motoneurônios lesados, otimizando o processo regenerativo. Corroborando esta hipótese, estudos posteriores em que interferon beta foi utilizado para aumentar a expressão de MHCI em camundongos após lesão nervosa periférica, evidenciaram crescimento axonal e melhora funcional mais pronunciados. Adicionalmente, foi demonstrado que astrócitos reduzem a expressão de MHCI por motoneurônios medulares na esclerose lateral amiotrófica, tornando estes últimos mais susceptíveis a estímulos deletérios. Embora existam dados sobre a expressão de MHCI e seus receptores em tecido nervoso de murinos, não se conhece, em detalhes, tal expressão em humanos. Desta forma, no presente estudo será investigada a expressão proteica basal de MHCI e seu receptor LILRB2 em tecidos cerebrais e a expressão em astrócitos humanos in vitro, antes e depois da exposição a IFN-beta. Para tanto, serão utilizados tecidos cerebrais humanos e culturas primárias derivadas de córtex cerebral normal (polo anterior do lobo temporal), obtido durante o acesso a estruturas profundas para tratamento de focos epilépticos. A localização e quantificação de MHCI e LILRB2 serão avaliadas através de imunofluorescência e ensaios de co-localização. Ainda, o importante papel dos astrócitos no sistema imune será avaliado através do estudo da expressão gênica de citocinas anti- e pró-inflamatórias nas culturas, antes e após tratamento com IFN-beta. Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho é verificar se astrócitos humanos expressam MHCI e LILRB2, moléculas com potencial ação neuroprotetora. Além disso, esperamos inaugurar uma nova linha de pesquisa no Laboratório de Regeneração Nervosa, que estude a relação entre astrócitos e neurônios após insultos excitotóxicos in vitro. (AU)

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