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A Filosofia moral de Eric Weil: um aristotelismo pós-kantiano

Processo: 18/10062-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Vigência (Início): 01 de novembro de 2018
Vigência (Término): 15 de dezembro de 2018
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - Ética
Pesquisador responsável:Marcelo Perine
Beneficiário:Marcelo Perine
Pesquisador Anfitrião: Patrice Canivez
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo , SP, Brasil
Local de pesquisa: Université Charles de Gaulle - Lille 3, França  
Assunto(s):Dever   Immanuel Kant   Virtude   Aristóteles   Filosofia moral
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aristóteles | Dever | Eric Weil | Filosofia Moral | Kant | virtude | Filosofia moral

Resumo

A maioria dos estudiosos da obra de Eric Weil está de acordo com a afirmação de que suas perspectivas são kantianas. Entretanto, um de seus estudiosos afirmou que quando Kant é compreendido em profundidade e confrontado com Aristóteles, o kantismo de Weil se carrega de um peso de realidade que o transforma (C. GOLFIN, Revue Thomiste, LXIII/3 [1963] 442-453). Esta afirmação forneceu o motivo da presente pesquisa. Com efeito, a perspectiva da Filosofia moral de Eric Weil é claramente kantiana, mais precisamente, como demonstrei em minha tese de doutorado, trata-se de um kantismo pós-hegeliano (M. PERINE, Filosofia e violência. Sentido e intenção da filosofia de Eric Weil, São Paulo, Loyola, 2013), a ser compreendido a partir da sua compreensão da terceira Crítica kantiana, como ele a expressou em sua obra Problemas kantianos (São Paulo, É Realizações, 2012). A perspectiva kantiana se evidencia particularmente no enunciado 16 da Filosofia moral: "Todo dever do homem moral é fundado no dever para consigo mesmo, que é dever de ser feliz. O dever para consigo mesmo torna-se concreto no dever para com o outro" (E. WEIL, Filosofia moral, São Paulo, É Realizações, p. 125). A presente pesquisa pretende investigar como a perspectiva eudemonista (aristotélica), se compõe de maneira coerente com a perspectiva deontológica (kantiana). Trata-se, portanto, de saber como Aristóteles confere ao kantismo de Weil "um peso de realidade que o transforma". Minha hipótese é que a resposta deve ser buscada na antropologia (= ética) de Aristóteles, cuja chave de compreensão encontra-se na Metafísica. Para tanto, buscarei nos textos de Weil dedicados a Aristóteles (E. WEIL, Essais et conférences, tome I, Paris, Plon, 1970) os indícios de comprovação de um aristotelismo pós-kantiano em sua Filosofia moral.

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