Nanopartículas de sílica revestidas com PEG-lipídios: prevenindo a formação da coroa de proteínas e evitando a citotoxicidade

Resumo

Nas últimas décadas houve um aumento considerável no número de pesquisas direcionadas ao uso de nanotecnologia para fins biomédicos. Ainda existe uma grande lacuna no entendimento das formulações que entram em ensaios clínicos. Isso pode ser em parte devido à dificuldade em compreender e controlar as interações fundamentais das nanopartículas (NPs) com o ambiente biológico. No entanto, logo após a administração intravenosa das NPs, o primeiro ambiente de interação das mesmas é o sangue. No plasma sanguíneo existe uma variedade de aproximadamente 1000 proteínas, além de lipídios e outras biomoléculas, com uma grande diferença de concentração entre elas. Consequentemente, essas nanopartículas são então imediatamente revestidas por uma camada de proteínas (entre outras biomoléculas), o que chamamos de "coroa de proteínas" (do inglês protein corona). Dessa forma, esse projeto de pesquisa propõe investigar diferentes funcionalizações de superfície das nanopartículas de sílica para prevenir a formação da "coroa de proteína" e verificar uma possível melhora na eficiência das nanopartículas sintetizadas. Nesse estágio, a aluna Larissa Fernanda Ferreira trabalhará sob a orientação do Professor Jean-François Berret (Laboratoire Matière et Systèmes Complexes UMR 7057 - Université Paris-Diderot/CNRS) cuja pesquisa é focada na área de físico-química através do estudo e aplicação de interações entre nanopartículas e sistemas vivos. (AU)