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Avaliação do uso de tecnologia de biologia molecular de detecção de viremia plasmática para identificação e incorporação de pacientes na fase aguda da infecção pelo HIV-1

Processo: 17/27017-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Vigência (Início): 01 de maio de 2018
Vigência (Término): 31 de março de 2019
Área do conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Acordo de Cooperação: CNPq - PPSUS
Pesquisador responsável:Ivana Barros de Campos
Beneficiário:Valéria Oliveira Silva
Instituição Sede: Instituto Adolfo Lutz (IAL). Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:16/14813-1 - Avaliação do uso de tecnologia de biologia molecular de detecção de viremia plasmática para identificação e incorporação de pacientes na fase aguda da infecção pelo HIV-1, AP.PP.SUS
Assunto(s):Biologia molecular   Técnicas e procedimentos diagnósticos   Epidemias   Doença aguda   HIV-1   AIDS   Carga viral   Modelos matemáticos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aids | Biologia molecular | Carga Viral | diagnóstico | Doença Aguda | Hiv-1 | doenças infecto contagiosas

Resumo

Diferentes modelos matemáticos sugerem que o tratamento universal do vírus da imunodeficiência humana (HIV) com antirretrovirais pode levar ao controle e eventual eliminação da epidemia de AIDS. Aumentar o diagnóstico da infecção é a primeira etapa para controlar a epidemia. É o primeiro 90, da ousada meta da UNAIDS 90-90-90, na qual, se diagnosticarmos 90% da população infectada, tratarmos 90% destes e alcançarmos a supressão viral em 90%, reduziremos o número anual de novas infecções pelo HIV em mais de 75%, para 500.000 em 2020 e para 200.000 em 2030, pondo fim a epidemia. Mesmo que está meta seja irrealista, cada infecção evitada já se justifica economicamente, como ilustrado pelo C DC em 2011, que estimou que os esforços para prevenir 350.000 infecções pelo HIV de 1991 a 2006 nos Estados Unidos, resultaram numa economia em gastos com saúde de 125 bilhões de dólares. No Brasil, apesar do acesso ao tratamento gratuito com combinação de antirretrovirais desde o final da década de noventa e de uma política de tratamento universal desde 2013, associados a relatos de elevada taxa de supressão da viremia plasmática entre pacientes tratados, os números da epidemia no país estão na contramão da tendência mundial com aumento do número estimado de infectados (UNAIDS, 2016). Neste momento da epidemia, em que pacientes com infecção crônica em tratamento podem ser transmissores menos eficientes, podemos supor que pacientes agudos assumem importância ainda maior na transmissão. Oportunidades de diagnóstico podem ser perdidas, inclusive em Centros de Testagem e Aconselhamento, uma vez que a testagem sorológica, na maioria das vezes baseada em teste rápido de diagnóstico, pode ser realizado ainda na janela imunológica, período na qual os anticorpos anti-HIV não são detectados. Como a fase aguda parece muito mais eficiente na transmissão, a detecção de viremia pode representar a possibilidade do diagnóstico em uma fase de maior transmissibilidade. O objetivo deste estudo é avaliar o uso da tecnologia de carga viral, que quantifica a viremia plasmática e monitora a resposta à terapia antirretroviral, como parte do arsenal diagnóstico da infecção pelo HIV-1, pois permite identificar inclusive casos agudos, mesmo quando ainda soronegativos ou indeterminados. O estudo será desenvolvido com base na experiência obtida em uma iniciativa piloto, realizada no município de Santo André em parceria com o Instituto Adolfo Lutz nos últimos anos. Na presente proposta estaremos ainda avaliando a factibilidade do uso de uma nova tecnologia de quantificação de carga viral, com características de "point of care", similar ao produto inovador em uso com sucesso pela rede de tuberculose, que será avaliado em paralelo à metodologia já disponível e validada na rede de carga viral de HIV-1, expandindo a avaliação para outras áreas do ABC Paulista, como São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. Além do uso da carga viral de HIV-1 para casos com evidências clínico-epidemiológicas de infecção aguda em amostras individuais, a metodologia será ainda avaliada para uso em "pool" de amostras, podendo implicar em diminuição considerável do custo e permitir atingir outros perfis de indivíduos, como aqueles com sintomas de infecção viral aguda que procuram a rede de saúde com suspeita de dengue ou outras arboviroses. A proposta visa avaliar o uso desta metodologia como parte do arsenal diagnóstico da infecção pelo HIV, contribuindo para o entendimento da dinâmica epidêmica e auxiliando no controle da epidemia de HIV/AIDS. (AU)

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