O papel da D-Serina na comunicação celular entre neurônios e astrócitos durante neurodesenvolvimento

Resumo

Esquizofrenia é uma doença mental incurável que afeta 1% da população mundial, além disso está entre as doenças mais debilitantes no mundo. Em média, 70% dos pacientes abandonam a medicação devido à baixa eficiência e presença de efeitos colaterais. Para mudar essa realidade é preciso entender mais a fundo as bases moleculares da esquizofrenia. Além da hipótese do neurodesenvolvimento estabelecida de longa data, trabalhos baseados em neuroimagem, proteômica cerebral post-mortem, estudos farmacológicos, genéticos e de modelos animais mostraram disfunção nas células da glia e déficits na transmissão sináptica. Como todos esses fatores podem estar conectados no desenvolvimento dessa doença complexa, nós pretendemos integrar neuroproteômica, células-tronco pluripotentes e CRISPR-CAS9 para investigar mais profundamente os mecanismos biológicos envolvidos na disfunção sináptica, desde o início do neurodesenvolvimento. Para atingir isso avaliaremos o papel da formação da D-Serina orquestrada pela comunicação entre astrócitos-neurônios em um modelo de neurodesenvolvimento. Pretendemos assim desvendar como a desregulamentação dessa comunicação pode influenciar na formação de conexões neurais e vias de sinalização, que estão defeituosas em cérebros doentes.