Efeitos do fortalecimento dos músculos dos pés na atividade física de vida diária e funcionalidade de tornozelo e pé de pessoas com polineuropatia diabética: um ensaio clínico controlado randomizado

Resumo

Considerando as diversas alterações dos pés e tornozelos presentes nos pacientes com polineuropatia diabética (PND) e que tais alterações repercutem diretamente na diminuição de atividade física diária, a inclusão de um protocolo de fortalecimento da musculatura dos pés, pode apresentar-se como um método eficiente de tratamento fisioterapêutico, visto que tais exercícios visam o fortalecimento especificamente das musculaturas comprometidas pela PND. Dessa forma a inclusão de um protocolo de exercícios para o fortalecimento das musculaturas intrínsecas e extrínsecas dos pés, pode acrescentar efeitos adicionais as intervenções fisioterapêuticas tradicionais. O presente estudo tem como objetivo investigar os efeitos do fortalecimento dos músculos dos pés, nos níveis de atividade física diária e velocidade do andar, ao final de 12 semanas de estudo e após um ano de follow-up, de pacientes com PND. Será realizado um ensaio clínico prospectivo controlado, paralelo, com alocação aleatória e cegamento dos avaliadores com 77 pacientes com PND de até 75 anos que serão divididos aleatoriamente nos grupos controle ou intervenção, sendo que este último receberá intervenção fisioterapêutica presencial 2 vezes por semana durante 12 semanas e via Software de orientação ao pé diabético (SOPED) 2 vezes por semana durante um ano de estudo. Os sujeitos serão avaliados em 5 momentos quanto ao nível de atividade física diária, velocidade da marcha auto-selecionada e rápida, incidência de úlceras plantares, risco de desenvolver úlcera, sintomas, sensibilidade tátil e vibratória dos pés, amplitude de movimento passiva e força dos músculos do pé. São hipóteses deste estudo que grupo intervenção terá aumento dos níveis de atividade de vida diária, aumento da velocidade do andar auto selecionada e rápida, redução na incidência de úlceras plantares, melhora dos sintomas, aumento da sensibilidade tátil e vibratória, aumento da amplitude de movimento passiva e aumento da força dos pés quando comparados ao grupo controle após 12 semanas de intervenção e um ano de follow-up. (AU)