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A influência da filosofia kantiana na origem dos textos inéditos e publicados de Georges Canguilhem (com uma hipótese sobre a gênese da filosofia de Gérard Lebrun)

Processo: 17/23137-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de maio de 2018
Vigência (Término): 31 de julho de 2021
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Márcio Suzuki
Beneficiário:Emiliano Sfara
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):19/03066-9 - Ação, pensamento e organismo: de Kant a Canguilhem via Alain, BE.EP.PD   19/02726-5 - Do fim da metafísica à concepção do organismo: Kant, Lebrun e Canguilhem, BE.EP.PD
Assunto(s):Immanuel Kant   Kantismo   Manuscritos   Filósofos   Franceses
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Alain | Canguilhem | Kant | Lebrun | Manuscritos inéditos | Filosofia francês

Resumo

Esse projeto, cuja ideia central nasce dos resultados das nossas pesquisas doutorais na França, pretende investigar as origens teóricas do pensamento do filósofo francês Georges Canguilhem (1904-1995). Tradicionalmente, Canguilhem é considerado como discípulo de Gaston Bachelard, já que ele foi seu sucessor na cátedra de Filosofia e História das Ciências na Sorbonne. Recentes estudos, conduzidos em particular por Camille Limoges e Xavier Roth, têm, porém, indicado: 1) que teoricamente Canguilhem não foi um discípulo de Bachelard; 2) que Canguilhem, de um ponto de vista tanto teórico quanto biográfico, foi aluno do filósofo Alain (pseudônimo de Émile-Auguste Chartier, 1868-1951), exponente da École de l'activité, cujo ensino era baseado na transmissão dos princípios do kantismo. Em particular, segundo Roth, a obra de Canguilhem sofre influência de Kant até 1939, ano do "détour", o ponto de viragem teórico autônomo. Sem querer negar a originalidade do pensamento canguilhemiano, nosso projeto pretende demostrar a clara persistência da influência kantiana também depois de 1939, com base não apenas nos textos publicados, mas também de uma crescente quantidade de material inédito (manuscritos, anotações de cursos, cartas privada de Canguilhem, etc.), que nós tivemos a oportunidade de analisar durante nosso estágio de doutoramento no Centre d'Archives en Philosophie, Histoire et Edition des Sciences (CAPHÉS) de Paris - centro de documentação sob a tutela do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) e da École Normale Supérieure (Paris). Na obra do filósofo Gérard Lebrun, discípulo de Canguilhem, e docente na Universidade de São Paulo por muitos anos, é possível encontrar algumas semelhanças teóricas em comum entre Kant e Canguilhem pós-1939. Contando com a cooperação de reconhecidos estudiosos da obra do autor francês, entre as quais os próprios Limoges e Roth, com esse projeto gostaria de me integrar nas pesquisas do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, sobretudo no que diz respeito à uma tradição que remonta ao ensino de Lebrun sobre a filosofia kantiana e o kantismo, no qual, como se espera mostrar, há traços oriundos das reflexões canguilhemianas. (AU)

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