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Identificação de potenciais biomarcadores de caquexia no secretoma de adenocarcinomas de pulmão

Processo: 17/26849-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de abril de 2018
Vigência (Término): 31 de março de 2019
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Genética - Genética Humana e Médica
Pesquisador responsável:Robson Francisco Carvalho
Beneficiário:Diogo de Moraes
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Assunto(s):Neoplasias pulmonares   Adenocarcinoma   Biomarcadores   Caquexia   Músculos peitorais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Adenocarcinoma de pulmão | biomarcadores | Caquexia associada ao câncer | Secretoma | Caquexia no câncer

Resumo

A caquexia é uma síndrome metabólica multifatorial frequente em pacientes portadores de neoplasia maligna em estádio avançado. Caracteriza-se por uma intensa perda de massa muscular (com ou sem perda de tecido adiposo), a qual não pode ser revertida por suporte nutricional, acarretando progressivas alterações funcionais. A caquexia tem sido comumente considerada uma síndrome paraneoplásica, na qual fatores derivados do tumor induzem alterações globais na expressão gênica ou no fluxo metabólico, que resultam na liberação de moléculas que podem ser utilizadas para crescimento e expansão tumoral. Recentes avanços em estudos genômicos, transcriptômicos e proteômicos no câncer tem auxiliado na identificação do repertório de moléculas secretadas pelas células tumorais (secretoma) e, evidências têm demonstrado que os componentes do secretoma do ambiente tumoral, incluindo citocinas pró-inflamatórias, possuem um papel fundamental no desenvolvimento de alterações metabólicas que resultam na perda de função e da massa muscular em pacientes caquéticos. Dentre os tipos de tumores com grande incidência de perda de massa muscular decorrente da caquexia, destaca-se o câncer de pulmão, o qual é o mais comumente encontrado na população mundial. A perda de massa muscular é considerada um importante fator prognóstico para pacientes com câncer de pulmão e, portanto, a avaliação da área muscular por tomografias computadorizadas (TC) tem sido utilizada com grande eficácia para determinar a presença de caquexia nesses pacientes. Considerando que ainda não existe um tratamento efetivo para a caquexia e a viabilidade da utilização de ferramentas "ômicas" para identificação de alterações moleculares nessa condição, torna-se relevante avaliar como o perfil do secretoma de tumores está relacionado com a incidência de caquexia. Portanto, objetivo do presente trabalho é integrar dados clínicos, da área dos músculos peitorais obtidas por TC e o perfil transcricional tumoral para identificar potenciais biomarcadores de caquexia no secretoma de adenocarcinomas de pulmão. Para isso, 69 TC de pacientes com adenocarcinoma de pulmão, disponíveis na plataforma The Cancer Imaging Archive (TCIA, http://www.cancerimagingarchive.net/) serão utilizadas para seleção de pacientes caquéticos e não caquéticos, a partir da análise da área de seus músculos peitorais. Posteriormente, os dados de transcriptoma dos tumores desses mesmos pacientes, disponíveis na plataforma The Cancer Genoma Atlas (TCGA, https://cancergenome.nih.gov/) serão analisados para a identificação de transcritos com expressão aumentada especificamente em pacientes caquéticos. Desses transcritos, serão selecionados os que estão relacionados ao secretoma do tumor, num contexto de RNAs extracelulares e comunicação vesicular. Além disso, os dados desses transcritos identificados serão correlacionados com dados clínicos dos pacientes, utilizando-se os portais oncogenômicos UCSC Cancer Genomics Browser, ICGC Data Portal, COSMIC, cBioPortal, IntOGen, e BioProfiling.de. Esses resultados servirão de base para a identificação de potenciais biomarcadores de caquexia no secretoma de adenocarcinomas de pulmão. Esses potenciais biomarcadores também poderão ser utilizados para o desenvolvimento de futuras estratégias terapêuticas visando à minimização da perda de massa muscular, aumentando assim a sobrevida e a melhora da qualidade de vida dos pacientes com caquexia. (AU)

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