Cordeiros Morada Nova: cuidados ao nascimento, avaliação dos níveis de infecção por nematóides gastrintestinais e seu impacto no ganho de peso

Resumo

A produção de ovinos no Brasil ainda não abastece o mercado doméstico com eficiência e qualidade. Não existe oferta constante, o que dificulta a estruturação do setor, incluindo a formação de escalas de abate. As raças deslanadas, como Santa Inês e Morada Nova, são consideradas resistentes à verminose, característica extremamente importante diante do impacto dessa doença na ovinocultura. Isso demonstra a necessidade permanente de estudos direcionados para hospedeiros resistentes à verminose, com o intuito de disponibilização futura de animais com características desejáveis. A raça Morada Nova também possui rusticidade, prolificidade, pele de excelente qualidade, precocidade sexual, excelente habilidade materna, inexistência de sazonalidade reprodutiva e excelente adaptação ao clima tropical, além de maior número de cordeiros produzidos por hectare. No primeiro ano do projeto FAPESP 2017/01626-1 observou-se que a fase do nascimento ao desmame impacta de maneira decisiva nas características de infecção e produção do animal até sua fase de abate. Dessa forma, a presente proposta tem por objetivo acompanhar em torno de 150 cordeiros Morada Nova em relação aos cuidados pós-nascimento até o desmame, bem como avaliar a infecção por nematoides gastrintestinais e seu impacto no ganho de peso dos animais (segundo ano do projeto). Assim, serão estudadas as características de susceptibilidade dos cordeiros a endoparasitas e seus efeitos sobre as características de desempenho (ganho de peso médio diário e ganho total), bem como sanguíneas, do desmame (3 meses) até 9 meses de idade. (AU)