Emprego de microrganismos ambientais na biodegradação de agrotóxicos estrobilurinicos e piretróides amplamente utilizados na agricultura brasileira

Resumo

Os dados divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) mostram que grupos químicos de agrotóxicos desenvolvidos mais recentemente como as estrobilurinas e os piretróides já estão entre os mais encontrados em amostras de alimentos, com destaque para os compostos estrobilurínicos piraclostrobina, azoxistrobina e trifloxistrobina, e os piretróides lambda-cialotrina, bifentrina, cipermetrina, fempropatrina e etofenproxi que figuram entre os 30 ingredientes ativos de agroquímicos mais encontrados como contaminantes pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). Na recuperação de extensas áreas agrícolas contaminadas com pesticidas, o método mais promissor é a biorremediação com microrganismos, pois estes eliminam os poluentes em condições brandas e em locais de difícil remoção, caracterizando-se um método sustentável de descontaminação. Entretanto, poucos estudos de biodegradação em solo foram realizados e metodologias de biorremediação em grande escala não estão disponíveis na literatura. Desta maneira, este trabalho tem como objetivo o estudo da biodegradação em solo dos pesticidas piretróides e estrubilurínicos (amplamente empregados no Brasil) visando a aplicação de microrganismos ambientais de diversas origens e obtenção de uma metodologia aplicada de biorremediação.